Brasil, 13 de julho de 2025
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House aprova projeto de lei de Trump que amplia cortes de impostos e ameaça serviços sociais

Legislação aumenta dívida, reduz Medicaid e intensifica operações de imigração, gerando forte oposição e preocupações sobre impacto social

Nesta quinta-feira (22), a Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou por 218 votos a 214 um amplo projeto de lei que corta impostos, limita serviços de saúde e reforça a política de deportação de imigrantes, enviando-o para assinatura do presidente Donald Trump. A medida, defendida pelos republicanos, gerou críticas por seus potenciais efeitos prejudiciais à economia e às camadas mais vulneráveis da sociedade.

Reduções fiscais para os mais ricos e aumento na dívida pública

O projeto de lei prevê uma redução de US$ 4,5 trilhões nos impostos, prioridade do governo Trump, com benefícios principalmente para famílias de alta renda. Segundo autoridades, a legislação também mantém cortes temporários de impostos assinados por Trump em seu primeiro mandato. No entanto, o custo elevado é parcialmente compensado por cortes em programas sociais, como alimentação e saúde, que podem prejudicar hospitais, especialmente em áreas rurais.

Para críticos, a aprovação representa uma irresponsabilidade fiscal, uma vez que promete crescimento econômico baseado em estimativas otimistas, enquanto adiciona pelo menos US$ 3,4 trilhões à dívida nacional, alertam especialistas e legisladores democratas. “Este é um ataque às pessoas mais vulneráveis, uma traição aos princípios de responsabilidade fiscal”, afirmou o deputado Jim McGovern (D-MA).

Impactos na saúde, imigração e assistência social

Medicaid sob ataque

Um dos pontos mais contestados do projeto são as novas “regras de trabalho” para beneficiários do Medicaid, que obrigam adultos sem deficiência a comprovar participação em atividades laborais ou de voluntariado por pelo menos 20 horas semanais. O Escritório de Orçamento do Congresso (CBO) estima que essas mudanças não resultarão nos empregos prometidos, podendo reduzir a cobertura de saúde de milhões, principalmente em áreas rurais.

Aumento de recursos para deportação

Paralelamente, o projeto destina US$ 150 bilhões às operações de imigração, incluindo US$ 45 bilhões para novos centros de detenção e US$ 29 bilhões para mais agentes do Immigration and Customs Enforcement (ICE). O montante é mais de cinco vezes maior que o orçamento anual do Federal Bureau of Prisons. O senador JD Vance afirmou em redes sociais que tudo no projeto é secundário a esses recursos de deportação massiva, sobrepujando outras questões.

Você pode conferir a reportagem completa no HuffPost.

Reações e controvérsias

As críticas ao projeto não foram apenas de democratas. Vários republicanos moderados chegaram a questionar as mudanças nas políticas de saúde, mas, pressionados por Trump, a maioria acabou aprovando. O líder democrata Hakeem Jeffries chamou a legislação de “ataque à saúde pública”, enquanto a congressista Alexandria Ocasio-Cortez alertou para a militarização das operações do ICE.

Protestos internos e debates acirrados

Durante a votação, alguns republicanos resistiram às mudanças, chegando a impedir por horas o início do debate, em protesto contra a alteração de custos promovida pelo Senado. Após várias horas de discussão e negociações, a maioria votou a favor, mesmo diante de dúvidas sobre os impactos futuros na economia e nos direitos sociais.

Perspectivas e próximos passos

Com a aprovação na Câmara, o projeto será encaminhado ao presidente Trump, que se posicionou favoravelmente. Analistas alertam que as consequências da legislação poderão se refletir em cortes de programas essenciais, aumento da desigualdade social e agravamento do déficit fiscal, influenciando o cenário político e econômico do país nos próximos anos.

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