O presidente francês, Emmanuel Macron, afirmou nesta terça-feira (12) que a União Europeia deve se preparar para retaliar às tarifas impostas pelos Estados Unidos, após o anúncio do presidente americano, Donald Trump, de aplicar uma tarifa de 30% sobre produtos europeus. Macron destacou que a UE vem negociando com Washington há semanas, mas que é crucial reforçar a postura de defesa dos interesses europeus diante da ameaça de sanções.
UE responde às sanções de Trump com contramedidas
Segundo Macron, a Comissão Europeia foi instruída a acelerar a elaboração de propostas de contramedidas que sejam eficazes, caso as negociações com os EUA não avancem antes de 1º de agosto. “Cabe mais do que nunca à Comissão afirmar a determinação da União em defender seus interesses”, declarou, ressaltando a importância de uma resposta coordenada entre os 27 Estados-membros.
Reações de outros países e da União Europeia
Embaixadores da UE devem se reunir neste domingo para discutir estratégias de resposta às tarifas de Trump, que podem prejudicar setores como químico, farmacêutico, automotivo e siderúrgico, altamente dependentes de exportações para os EUA. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, advertiu que tais tarifas irão “prejudicar empresas, consumidores e pacientes” de ambos os lados do Atlântico, reforçando a necessidade de união na defesa dos interesses europeus. (fonte)
Von der Leyen afirmou ainda que a UE está “pronta para trabalhar por um acordo até 1º de agosto”, mas ressaltou que medidas proporções serão adotadas se as negociações não resultarem em um entendimento satisfatório.
Impactos econômicos e negociações em andamento
Na Alemanha, ministros de economia reforçaram a necessidade de negociações pragmáticas com os EUA, buscando soluções que minimizem os prejuízos à economia do país, que depende fortemente das exportações. (fonte)
A ofensiva de Trump também provocou reações no setor industrial europeu. Representantes alemães alertam que a intenção do presidente americano é um “sinal de alerta” para a indústria do continente, que enfrenta uma crescente incerteza nas relações comerciais internacionais.
Repercussões globais e mobilização de negócios
Empresas europeias já dão passos para mitigar os efeitos das tarifas, enviando produtos por rotas alternativas, como peixes por avião aos EUA, para evitar tarifas adicionais, conforme noticiado. Além disso, a Itália estima que as tarifas possam custar até € 2,3 bilhões às famílias italianas e à indústria agrícola do país, demonstrando o impacto direto na economia mundial.
Perspectivas futuras
Especialistas avaliam que esse momento marca um tensivo capítulo na disputa comercial entre EUA e UE, com cenário ainda incerto quanto ao desfecho das negociações. As próximas semanas serão decisivas para evitar uma escalada de tarifas que pode afetar globalmente os mercados e as cadeias produtivas.
