Brasil, 16 de julho de 2025
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FEMA acusa Kristi Noem de atrasar respostas às enchentes no Texas

Novas políticas de Kristi Noem no DHS influenciaram atrasos na ajuda a Texas após enchentes devastadoras, dizem funcionários da FEMA.

Funcionários da Agência Federal de Gerenciamento de Emergências (FEMA) afirmaram que as mudanças na política de Kristi Noem, secretária do Departamento de Segurança Interna (DHS), atrasaram a resposta ao desastre de Texas. As enchentes, que deixaram cerca de 120 mortos e mais de 160 desaparecidos, ocorreram na semana passada, mas tiveram a atuação federal dificultada por novas regras de corte de custos.

Impacto das novas políticas na resposta aos desastres no Texas

Segundo quatro funcionários da FEMA, a exigência de assinatura pessoal de Noem para contratos e auxílios acima de US$ 100 mil impediu a rápida implantação de equipes de busca e resgate urbano, que só tiveram autorização na segunda-feira, mais de 72 horas após o início das enchentes. Além disso, documentos obtidos pela CNN revelam que, até segunda noite, apenas 86 membros da FEMA estavam atuando no Texas. A nova política também atrasou o envio de imagens aéreas e a mobilização de equipes de atendimento ao crise.

Resposta oficial e justificativas do DHS

Quando questionada, a secretária assistente do DHS, Tricia McLaughlin, afirmou que o departamento adotou uma abordagem de esforço máximo para a recuperação, enviando equipe extensa e um oficial de ligação a Kerrville, Texas. No entanto, ela não especificou números. McLaughlin reiterou que o DHS busca transformar a FEMA em uma força mais ágil e eficiente, centrada nas ações estaduais, criticando os processos anteriores considerados obsoletos.

Reações políticas e gestão da FEMA

O senador democrata Ron Wyden (Oregon) foi contundente em suas críticas, afirmando que a negligência de Kristi Noem contribuiu para as mortes no Texas. Ele solicitou sua remoção do cargo, alegando que a ineficácia pode levar a mais tragédias em outros estados, como incêndios na sua região.

Outro ponto de controvérsia é a ausência do administrador da FEMA, David Richardson, que não declarou publicamente sua localização ou planos de visita ao Texas. Fontes afirmam que a falta de sua presença demonstra uma possível desconexão com a crise, agravando a percepção de descoordenamento na resposta federal.

Questionamentos e futuro da gestão emergencial

Na quarta-feira, deputados democratas enviaram uma carta a Richardson exigindo informações detalhadas sobre o número de agentes enviados à Texas e o preenchimento de posições-chave, como a do Serviço Nacional de Meteorologia em San Antonio, que permanece vaga. Os legisladores alertam para a necessidade de recursos adequados para lidar com eventos climáticos extremos.

Perspectivas futuras e críticas ao governo

Enquanto DHS defende sua reforma na FEMA, democratas continuam a questionar a efetividade das ações e criticam a falta de transparência na gestão, incluindo o silêncio de Richardson. A controvérsia reflete um momento de instabilidade no gerenciamento de desastres no país, com debates intensos sobre a autonomia dos estados e o papel do governo federal.

Este episódio reacende os debates sobre o papel central da FEMA em emergências nacionais e a necessidade de respostas rápidas e coordenadas em episódios de calamidade.

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