O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta sexta-feira, durante evento no Espírito Santo, que é necessário flexibilizar a jornada de trabalho no Brasil. Ele criticou o atual modelo de seis dias de trabalho por um de folga, defendendo a criação de alternativas que atendam às demandas de trabalhadores e empresários.
Liberar o debate sobre a jornada de trabalho
Segundo Lula, é fundamental convocar trabalhadores e empresários para discutir uma nova forma de jornada, que seja mais compatível com o estilo de vida moderno. “É preciso inventar um jeito de ter uma outra jornada de trabalho, mais flexível, porque as pessoas querem ficar mais em casa, querem cuidar mais da família”, afirmou o presidente.
Ele relembrou que, no Dia do Trabalhador deste ano, já havia manifestado a intenção de aprofundar o debate sobre a escala 6 por 1. A proposta consiste em reduzir a rotina de seis dias de serviços seguidos por um de descanso, uma prática que ganha resistência na sociedade.
A juventude e o desejo por mudanças na rotina
Lula reforçou que a juventude, em particular, já não aceita mais esse ritmo intenso imposto pelo modelo atual. “A juventude já não quer mais isso”, declarou, ressaltando a importância de estudos que envolvam universidades e organizações de trabalho na busca por alternativas que aumentem a qualidade de vida e a mobilidade dos trabalhadores.
Resistência no Congresso e setor empresarial
No Congresso Nacional, a proposta de emenda à Constituição que busca extinguir a escala 6 por 1 ainda não avançou, apesar de a medida ser prioridade para o governo. Líderes do Executivo reconhecem a relevância da discussão, mas enfrentam resistência de setores empresariais preocupados com o aumento dos custos operacionais.
Impactos sociais e econômicos
A mobilização pelo fim da escala 6 por 1 ganhou força desde o fim do ano passado, com manifestações que têm pedido mudanças no modelo. A discussão, embora ainda em fase inicial, reflete uma busca por equilíbrio entre produtividade e bem-estar.
O debate sobre a jornada de trabalho mais humanizada continua a ser prioridade na agenda do governo, que aposta em estudos e diálogos para propor soluções sustentáveis para o mercado de trabalho brasileiro.
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