O novo centro de imigração de Donald Trump, localizado na Florida, foi inaugurado na última terça-feira, mas já apresenta problemas estruturais e de acabamento. Conhecido como “Alligator Alcatraz”, o centro foi construído em menos de uma semana e está sendo alvo de duras críticas por sua condição precária meses após a sua abertura.
Construção rápida e condições precárias no novo centro de detenção
Segundo informações de fontes locais, o centro foi construído sob uma ordem de emergência emitida pelo governador Ron DeSantis, usando recursos do programa de suporte a migrantes do FEMA. No entanto, o que parecia ser uma construção rápida revelou-se uma fonte de problemas. Uma vídeo divulgado por uma congressista democrata, Anna Eskamani, mostra água acumulada dentro do centro, que foi atingido por uma forte tempestade de verão.
Anna Eskamani compartilhou imagens no TikTok, onde é possível ver a água se acumulando sob os toldos e invadindo o interior, perto de cabos elétricos. A situação gerou reações de indignação nas redes sociais, com comentários criticando o despreparo na construção do centro e a negligência com os direitos humanos. Muitos destacaram que infraestrutura de baixa qualidade, como essa, não deveria existir, especialmente em uma região com forte risco de furacões.
Questões de segurança e negligência na instalação
O Departamento de Emergências da Flórida informou que as falhas foram rapidamente resolvidas após a tempestade, com os fornecedores reforçando as estruturas. Apesar disso, especialistas advertiram que o local, situado na região dos Everglades — uma área que recebe cerca de 60 polegadas de chuva por ano — ainda é vulnerável a condições extremas, como furacões de alta intensidade.
Kevin Guthrie, diretor executivo do departamento, afirmou que o centro foi construído para suportar ventos de até 110 mph, kategorizando como resistente a furacões de Categoria 2, mas os críticos pontuaram que se trata de uma capacidade insuficiente, dado o histórico de tempestades severas na região.
Repercussão pública e críticas às políticas de rápido construído
Nas redes sociais, internautas criminalizaram a rapidez na construção, dizendo que o centro foi feito de forma “meia-boca”, um reflexo das políticas de Trump de priorizar velocidade em detrimento do planejamento adequado. Comentários criticaram ainda o gasto excessivo na criação de instalações improvisadas, enquanto áreas essenciais, como saúde pública e transporte, ficam sem recursos.
Conforme reportou o Tampa Bay Times, a equipe de comunicação do departamento declarou que as questões de vazamento foram resolvidas na madrugada seguinte à tempestade, reforçando os locais afetados. No entanto, a preocupação permanece entre especialistas em climatologia e direitos humanos, que alertam para os riscos de uma infraestrutura inadequada em uma região de alta vulnerabilidade.
A polêmica sobre o centro de detenção de Trump reforça o debate sobre a gestão de políticas migratórias e a negligência na construção de instalações de segurança. A discussão deve continuar, enquanto imagens e relatos de problemas emergem, colocando em xeque a eficiência e a responsabilidade de uma obra feita às pressas.