O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou nesta quinta-feira (11) que a Casa está preparada para responder às tarifas impostas pelos Estados Unidos ao Brasil. Motta revelou que conversou com o vice-presidente e o ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, sobre os impactos negativos das medidas anunciadas pelo presidente americano, Donald Trump.
Reações da Câmara às tarifas de Trump
Hugo Motta comentou que a Câmara dos Deputados acompanha os desdobramentos e está à disposição para agir com firmeza em defesa do setor produtivo, da economia brasileira e dos empregos. “Reafirmei que a Câmara está pronta para responder com firmeza às consequências dessas tarifas, que podem afetar diretamente nossa indústria e comércio”, afirmou.
Além disso, o parlamentar destacou que manteve contato com o presidente da Embraer, Francisco Gomes Neto, uma das empresas brasileiras mais impactadas pelas tarifas. “O Congresso será proativo, defendendo nossos interesses e protegendo nossa soberania”, completou Motta.
Diplomacia e possibilidades de retaliação
Embora não tenham recomendado uma retaliação imediata, Motta e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), reforçaram que o Brasil acompanha de perto a situação. Em nota conjunta, disseram que a melhor estratégia é o diálogo diplomático e comercial, além de lembrarem da Lei de Reciprocidade Econômica, que permite ao país responder na mesma medida a sanções de outros países.
“Embora ainda avaliem uma possível retaliação, a decisão só será tomada após Donald Trump colocar em prática as tarifas, previstas para agosto”, afirmou Motta. Ele também destacou que o Congresso acompanhará de perto os desdobramentos e está preparado para agir com equilíbrio e firmeza, se necessário.
Contexto internacional e perspectivas
Analistas ressaltam que o conflito comercial entre Estados Unidos e Brasil reflete uma mistura de política e economia, surpreendendo diplomatas e investidores. Segundo Thomas Shannon, ex-embaixador dos EUA no Brasil, Lula está em uma posição mais favorável na disputa com Trump, o que pode influenciar as futuras decisões.
Por enquanto, investidores internacionais continuam otimistas com o Brasil, ignorando as tarifas, e aguardam novas ações do governo americano, que prometeu aplicar as tarifas em agosto. O governo brasileiro avalia possíveis represálias e reforça a importância do diálogo multilateral para evitar uma escalada do conflito comercial.
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