Brasil, 16 de julho de 2025
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Sem cidadania na origem, os EUA vivem à beira de uma crise de identidade

A tentativa de Trump de eliminar a cidadania por nascimento ameaça a unidade e a própria definição de ser americano.

Na quinta-feira, um juiz federal bloqueou temporariamente uma ordem de Donald Trump que tentava negar cidadania na origem a filhos de estrangeiros. A medida, se aprovada, poderia fragilizar o conceito de “americãidade” baseado no direito do solo, conhecido como jus soli.

O risco de desmontar a essência da nacionalidade americana

Ao atacar a cidadania por nascimento, Trump busca reescrever a Constituição sem mudanças formais, utilizando ordens executivas. Essa ofensiva provoca medo e questiona o que significa ser americano atualmente.

Histórias pessoais que ilustram a fragilidade do vínculo

A minha trajetória demonstra como essa definição pode ser frágil e arbitrária. Nascida nas Filipinas, por muito tempo acreditava que minha cidadania vinha de um hospital militar dos EUA, até descobrir que tinha nascido em um hospital civil — e, portanto, sem direito automático à cidadania.

Outro exemplo é o de Jermaine Thomas, que nasceu em 1986 em uma base do Exército americano na Alemanha. Apesar de ser filho de um soldado americano, sua cidadania foi negada, e ele foi deportado para a Jamaica em 2025, por não preencher o requisito de residência de 10 anos nos EUA.

Implicações de uma mudança radical na lei de cidadania

Para especialistas, a tentativa de Trump de acabar com o direito do solo ameaça desestabilizar a construção identitária americana e gerar uma crise ética e social sem precedentes. Afinal, a origem de cada um dos atuais americanos revela a complexidade e as contradições de uma nação fundada na diversidade e na inclusão.

Desafios futuros e impacto na sociedade americana

Os processos judiciais em andamento deverão decidir se esse ataque à cidadania na origem viola os princípios constitucionais. A questão é se os Estados Unidos continuarão a reconhecer o direito do solo ou se, aos poucos, irão desmantelar uma das maiores garantias de inclusão social do país.

Segundo analistas, o debate reflete uma luta mais ampla pelo futuro da identidade americana — uma que coloca em xeque a própria ideia de quem pertence a esse país.

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