Brasil, 16 de julho de 2025
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Reações de celebridades ao veredicto de Diddy movimentam redes sociais

Celebridades condenam o resultado do julgamento de Sean “Diddy” Combs, destacando a importância do debate sobre abuso e poder na indústria

No dia 2 de julho, uma júri federal de Manhattan anunciou um veredicto misto no julgamento de Sean “Diddy” Combs, envolvendo acusações de tráfico sexual e prostituição. Enquanto o rapper e produtor foi considerado culpado por dois dos cinco cargos — transporte para envolver-se em prostituição — ele foi absolvido das acusações mais graves, incluindo conspiração de crime organizado e tráfico sexual por força, fraude ou coerção. Com isso, Combs enfrenta uma pena máxima de até 20 anos de prisão, caso seja condenado.

Contraste nas reações de celebridades perante o veredicto

As reações nas redes sociais não foram unânimes. A atriz Mariska Hargitay compartilhou uma publicação no Instagram do Glamour que criticava a atitude de Combs em relação a Cassie, remetendo a um vídeo de 2016 em que o rapper aparece agredindo a ex-namorada. “Nós não vamos esquecer o que vimos você fazer com Cassie naquele vídeo”, dizia um trecho da postagem, que Hargitay repostou, acrescentando: “Combs faz parte de uma longa linha de homens poderosos e famosos que têm supostamente cometido abusos, mas enfrentam poucas consequências.”

Já a cantora Aubrey O’Day, que foi assinante do selo Bad Boy Records de Combs, reagiu ao veredicto com assoladora emoção. Ela compartilhou uma live no Instagram dizendo: “Isso me deixa fisicamente mal. Cassie provavelmente se sente horrível. Vou vomitar.”Em um comentário subsequente, a artista escreveu uma carta aberta, destacando a “importância de coragem” de Cassie ao denunciar os abusos e a “demora na justiça” frente à cultura de impunidade.

Vozes de apoio e crítica

Rosie O’Donnell também condenou o resultado, afirmando que a decisão do júri reflete uma visão distorcida sobre consentimento e abuso de poder. No Instagram, ela escreveu: “Um júri provavelmente nunca quer acreditar que uma mulher fica por poder e coação. Quão surreal é isso?”

Por outro lado, Evan Rachel Wood abordou o tema do consentimento em relacionamentos abusivos. Ela explicou que, “quando há ameaça de violência, não há consentimento real”. A atriz enfatizou a necessidade de maior compreensão sobre o tema para que a justiça possa avançar.

Christina Ricci enviou uma mensagem de empatia à Cassie, também pelo Instagram, dizendo: “Enviando muito amor e respeito à @cassie hoje. Ela é uma inspiração e uma heroína, e eu estou com ela.”

Impactos e posicionamentos do caso

O advogado de Cassie, Douglas H. Wigdor, emitiu uma declaração destacando a coragem da cliente ao denunciar Combs, ressaltando que, embora o júri não tenha considerado que ele cometeu tráfico sexual, a vitória na acusação de transporte para prostituição representou uma conquista significativa na luta por justiça. “Cassie abriu caminho para que outras vítimas sintam-se encorajadas a falar”, afirmou Wigdor.

Este caso reacendeu o debate sobre abuso de poder na indústria do entretenimento, especialmente em relação às dinâmicas de controle e manipulação que podem silenciar vítimas. Como destacou Evan Rachel Wood, há “um longo caminho a percorrer” na compreensão e combate ao abuso doméstico e sexual.

Perspectivas futuras e importância do julgamento

Especialistas afirmam que o julgamento de Diddy traz à tona questões estruturais relacionadas ao abuso, coerção e impunidade. Além de marcar uma vitória simbólica para as vítimas, o caso reforça a necessidade de políticas mais rígidas no combate à violência de gênero na indústria do entretenimento.

O veredicto marca uma etapa importante na luta contra o poder abusivo de figuras públicas e reforça o papel da sociedade em demandar justiça. Cassie Ventura, que moveu uma ação civil paralela ao processo criminal, demonstrou que sua força e coragem podem abrir caminhos para mudanças culturais profundas.

O processo ainda está em andamento, e as reações ao julgamento continuam a ecoar nas redes sociais, reforçando o debate sobre desigualdade, abuso e responsabilização na era moderna.

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