Após a assinatura da lei orçamentária nos EUA, que reduz incentivos para energia limpa, a liderança global em clima deslizou para outros países. China e UE avançam com metas mais ambiciosas, sinalizando uma nova dinâmica geopolítica.
O impacto da nova legislação americana na redução de emissões
A lei aprovada por Donald Trump e os efeitos da recente reforma no bill conhecido como “One Big Beautiful Bill Act” ameaçam frear o progresso dos EUA em energias renováveis. Segundo análise do projeto Repeat da Princeton University, a capacidade de instalação solar e eólica será drasticamente reduzida, causando uma estabilização nas emissões do país.
Apesar disso, os EUA representam apenas 12% das emissões globais. O grande desafio global continuará sendo o crescimento na demanda por energia nos mercados emergentes, considerados a maior fonte de aumento nas emissões nos próximos anos, segundo a Agência Internacional de Energia (IEA).
China e Europa lideram a mudança no clima global
Com os EUA afastados da liderança, China se consolidou como maior exportador de veículos elétricos e domina mais de 60% da capacidade mundial de fabricação de painéis solares, turbinas e baterias, de acordo com dados de 2023. A estratégia tem potencial para impulsionar a venda de seus produtos globalmente, fortalecendo laços econômicos com países de vários continentes.
Domínio na fabricação de tecnologia limpa
A competitividade da China se apoia na redução contínua do custo de tecnologia de baterias e na forte presença no mercado de energia renovável. Essa supremacia tecnológica e de estoque coloca o país numa posição privilegiada no cenário de energias limpas.
Consequências e os próximos passos
O recuo dos EUA na questão climática deve transformar o panorama geopolítico e energético por décadas. A retomada da liderança global em clima e energia limpa estará cada vez mais dependente das estratégias de países como China e União Europeia, que permanecem empenhados em atingir metas mais ambiciosas.
Especialistas alertam que o avanço dessas nações pode consolidar um novo eixo de influência no setor de tecnologia e energia renovável, com impacto direto nas economias e políticas externas globais.