O chefe de propaganda do Kremlin, Vladimir Solovyov, fez declarações alarmantes em um programa da TV estatal russa, onde advertiu que a Rússia poderia aniquilar tanto a costa leste quanto a oeste dos Estados Unidos usando seus torpedos Poseidon. Segundo ele, o lançamento desses drones nucleares, projetados para criar um “tsunami radioativo”, significaria “o fim” da América.
A ameaça de um “tsunami radioativo”
Durante sua aparição no canal Russia-1, Solovyov se referiu a uma possível resposta a “agressões ocidentais”, afirmando: “Trump entenderá que dois Poseidons, lançados de lados diferentes, poderiam eliminar os EUA e causar um desastre radioativo? Seria o fim – nada os salvará.” Ele desdenhou dos sistemas de defesa da US, afirmando que “nenhum elemento protetor os ajudará”.
Capacidades do torpedo Poseidon
O Poseidon, conhecido como Status-6, é um drone submarino nuclear que tem como objetivo atacar infraestruturas costeiras. Ele é projetado para mergulhar centenas de metros abaixo da superfície do mar, viajando sem tripulação a velocidades de até 100 km/h. Analistas do Pentágono, que se referem a essa arma como “Kanyon”, acreditam que ela é capaz de carregar uma ogiva termonuclear com “dezenas de megatons” de poder explosivo.
Esse torpedo, portanto, é considerado capaz de provocar um “tsunami radioativo” – uma explosão nuclear subaquática que poderia inundar e contaminar vastas áreas costeiras. Em 2022, o apresentador pró-Putin Dmitry Kiselyov afirmou que a detonação de um torpedo próximo à costa britânica poderia gerar um tsunami de 500 metros, inundando a costa com água do mar radioativa.
Reações a ameaças nucleares
Embora especialistas alertem sobre o potencial destrutivo dessa tecnologia, muitos permanecem céticos quanto à capacidade do Poseidon de desencadear um tsunami. Essas não são as primeiras ameaças feitas por Solovyov acerca do uso de armas nucleares contra o Ocidente. O jornalista é conhecido por seu apoio inabalável às políticas de Putin, promovendo abertamente a invasão russa da Ucrânia em seu programa de domingo à noite.
Após a invasão total da Ucrânia em 2022, Solovyov foi sancionado pela União Europeia e banido de entrar em seus Estados-membros. Em uma aparição recente, ele sugeriu bombardeios em Berlim, Paris, Londres e Bruxelas em resposta a propostas de alguns países da UE de banir vistos de turismo para russos.
Cenário atual das tensões entre Rússia e Ocidente
No contexto atual, a Rússia lançou a maior ofensiva aérea em direção à Ucrânia, com 728 drones e mísseis hipersônicos sendo alvo de resposta emergencial de forças da NATO na Polônia. Aviões de guerra poloneses e de outras forças ocidentais foram mobilizados em uma medida defensiva durante os ataques de Putin.
Por outro lado, Donald Trump criticou Putin por fazer “promessas vazias” sobre a guerra na Ucrânia, reiterando que está “muito insatisfeito” com o presidente russo.
O impacto das declarações de Solovyov
As declarações de figuras como Solovyov não só intensificam as tensões internacionais, mas também provocam um clima de incerteza global. Com a constante retórica bélica, a comunidade internacional observa atentamente, temendo possíveis escaladas que poderiam resultar em consequências catastróficas.
Em um momento em que as nações estão cada vez mais em alerta devido ao crescimento das tensões geopolíticas, o chamado à paz e o diálogo torna-se mais crucial do que nunca. A ameaça de um ataque nuclear ressoa como um eco sombrio das guerras do passado, lembrando a todos nós da fragilidade da paz mundial.
As palavras de Solovyov e a tecnologia do Poseidon impulsionam uma nova era de medições e ponderações sobre o que significa segurança em um mundo repleto de desconfiança e conflito.
