No último dia 9 de agosto, a cidade de Fortaleza foi abalada pela trágica notícia do feminicídio de Clarissa Costa Gomes, uma enfermeira de 31 anos, assassinada por seu ex-companheiro Matheus Anthony Lima Martins Queiroz. A artista e ex-BBB Juliette Freire, que dividiu um apartamento com Clarissa durante a juventude, lamentou profundamente a perda da amiga, classificando-a como uma pessoa “estudiosa, educada e doce”.
Quem era Clarissa Costa Gomes?
Clarissa era uma profissional dedicada à área de enfermagem neonatal, cuidando dos recém-nascidos em hospitais públicos de Fortaleza, como o Hospital Geral de Fortaleza e o Hospital Dr. César Cals. Formada pela Universidade Federal do Ceará (UFC), ela estava prestes a iniciar um novo trabalho no Hospital Universitário do Ceará e na Maternidade-Escola Assis Chateaubriand.
Amigos descreveram Clarissa como uma jovem tranquila e carinhosa, que sempre seguiu os princípios corretos nas suas ações. “Ela era muito correta e pacata; desde criança, nunca gostou de nada que fugisse do correto”, afirmou um amigo.
Crime e prisão do suspeito
O crime aconteceu na casa onde Clarissa morava com a mãe, no Bairro Jardim Cearense. No momento do assassinato, ela estava sozinha com o ex-namorado, que não aceitava o fim do relacionamento. Depois de cometer o crime, Matheus fugiu, mas foi capturado horas depois pela polícia em um condomínio na Rua Sebastião de Abreu, no Bairro Maraponga.
Em audiência de custódia, a Justiça decretou a prisão preventiva de Matheus, que alegou ter transtornos psiquiátricos e episódios de epilepsia. Apesar disso, o juiz decidiu manter a prisão, destacando a gravidade da conduta. “A gravidade em concreto da conduta atribuída ao flagranteado é bastante elevada, pois há indícios de que praticou o crime de feminicídio, contra pessoa com a qual encontrava-se em relacionamento afetivo”, afirmou.
A mensagem de Juliette e a importância da denúncia
Juliette, emocionada, compartilhou sua tristeza em um vídeo nas redes sociais, chamando a atenção para a importância de buscar ajuda em casos de violência. “Se você tiver uma relação minimamente violenta, não permaneça, peça ajuda. A gente queria muito que ela tivesse pedido ajuda pra gente conseguir evitar isso”, desabafou a artista, ressaltando que muitas vezes as vítimas não percebem que estão em situações de risco.
A artista aproveitou a oportunidade para alertar outras mulheres sobre a realidade do feminicídio e as medidas que podem ser tomadas para evitar tragédias semelhantes. “Quero alertar todo mundo que está vivendo uma situação minimamente semelhante, não deixe isso acontecer, não é brincadeira”, concluiu Juliette.
A repercussão do caso
A trágica morte de Clarissa provocou uma onda de indignação nas redes sociais e entre os amigos da vítima. Muitas mensagens de solidariedade e apoio à sua família e amigos foram publicadas, além de pedidos para que a sociedade fique mais atenta a sinais de alerta em relacionamentos potencialmente violentos.
Com a crescente onda de feminicídios no Brasil, o caso de Clarissa reafirma a urgência de combater a violência contra a mulher e a necessidade de um suporte mais efetivo para as vítimas. Isso inclui campanhas de conscientização e serviços de apoio, que podem ajudar a prevenir que mais mulheres percam suas vidas em situações tão trágicas.
Considerações finais
A história de Clarissa é um lembrete doloroso de que o amor não deve ser associado à dor e à violência. É fundamental que a sociedade se una em prol da erradicação do feminicídio e da promoção de relacionamentos saudáveis. Que a tragédia de Clarissa não seja em vão, e que sua memória sirva para iluminar a urgência de mudanças necessárias na forma como enxergamos as relações amorosas.
