Nas noites de 3 de julho e madrugada seguinte, Texas enfrentou enchentes devastadoras, com 95 mortes confirmadas até o momento. A tragédia, que deixou 27 vítimas no Acampamento de Verão Camp Mystic, ocorreu após enchente rápida no rio Guadalupe, que subiu 26 pés em apenas 45 minutos.
Críticas às ações do governo e impacto na prevenção de desastres
O condado de Kerr, onde a maioria das mortes ocorreu, não possui sistema de alerta externo para enchentes. Segundo o juiz Rob Kelly, um sino estilo tornado, considerado há anos, foi descartado por custos elevados. “Nós analisamos isso antes, mas o público reagiu muito mal ao custo”, afirmou Kelly, evidenciando a falta de investimentos em infraestrutura de segurança pública.
O ocorrido acontece apenas dois meses após cortes de financiamento da NOAA — agência do governo responsável pelo clima e previsão de desastres — pelo governo Trump, que resultaram na demissão de cerca de 600 funcionários. Após reclamações públicas, a agência recontratou alguns trabalhadores, mas os cortes continuam impactando a capacidade de previsão e alerta.
Reações nas redes e polarização política
Internautas relembraram uma carta de ex-diretores do Serviço Nacional de Meteorologia, que alertaram sobre o risco de subfinanciamento levando à morte desnecessária. Enquanto isso, figuras políticas como vice-presidente JD Vance e o presidente da Câmara, Mike Johnson, enviaram orações às vítimas, gerando controvérsia e críticas por respostas insatisfatórias.
Postagens polêmicas e teorias conspiratórias
Políticos como Marjorie Taylor Greene usaram o momento para promover teorias conspiratórias, incluindo uma proposta de lei contra “alteração do clima” e alegações de práticas de geoengenharia. Especialistas e críticos apontam a falta de conhecimento dessas figuras ao relacionar eventos climáticos extremos às políticas de clima e meteorologia.
Conservadores e o debate sobre clima
Comentários nas redes também destacaram a crença de certos setores conservadores em “máquinas mágicas” de controle do clima, enquanto continuam a negar a urgência das mudanças climáticas. A polarização, aliada ao debate político, dificultam ações coordenadas para a prevenção de desastres naturais.
Perspectivas futuras e necessidade de investimento
Especialistas alertam que a falta de recursos e fiscalização adequados pode agravar ainda mais eventos extremos. A tragédia no Texas reforça a urgência de reverter cortes e fortalecer o sistema de alerta precoce para proteger vidas.