Brasil, 16 de julho de 2025
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Ministra da Agricultura propõe usar beneficiários de Medicaid como força de trabalho agrícola nos EUA

Proposta de Brooke Rollins, secretária de Agricultura, de substituir trabalhadores migrantes por pessoas em Medicaid provoca debate e preocupação.

Na terça-feira, durante uma coletiva de imprensa, a secretária de Agricultura dos Estados Unidos, Brooke Rollins, afirmou que o governo Trump pretende continuar sua agenda de deportações em massa, mas de forma estratégica, ao mesmo tempo em que sugere uma mudança na força de trabalho agrícola do país.

Rejeição à amnistia para trabalhadores migrantes

Rollins garantiu que “não haverá anistia” para trabalhadores agrícolas que não tenham autorização para estar nos EUA. Sua declaração ocorre após o aumento das críticas às políticas de imigração do governo, que prevêem a deportação de milhões de migrantes envolvidos na agricultura.

Medida controversa envolvendo beneficiários de Medicaid

A proposta que tem causado alvoroço na internet sugere que pessoas que recebem Medicaid possam ser treinadas e empregadas em atividades agrícolas. No entanto, a secretária minimizou os obstáculos dessa iniciativa, afirmando que o número de “adultos capazes” na assistência médica estatal que poderiam atuar nesse setor é significativamente menor do que os 34 milhões geralmente citados.

Segundo análises, muitos desses beneficiários são pais, jovens ou já empregados em outras atividades, o que reduz a base potencial de trabalho agrícola proveniente dessa população.

Perspectivas e críticas à proposta

Caso seja implementada, a medida alarmou especialistas e ativistas, que veem na ideia uma aproximação de uma política de mão de obra barata e pouco sustentável para o setor agrícola.

De acordo com a HuffPost, Rollins justificou a proposta dizendo que a estratégia visa “fortalecer o setor agrícola de forma sustentável”, embora suas declarações tenham sido vistas por críticos como uma abordagem “distrópica”, na qual a exploração social é vista como uma solução para a escassez de mão de obra.

Reação da sociedade e possíveis desdobramentos

O debate ainda está em correnteza, com opiniões divididas entre aqueles que apoiam a necessidade de reformar o sistema de imigração e os que criticam as possíveis implicações éticas e sociais da iniciativa.

Especialistas alertam que a proposta pode incentivar políticas de exclusão e precarização laboral, além de aprofundar a polarização política nos Estados Unidos.

A administração Trump ainda não apresentou detalhes finais, mas a proposta já alimenta uma onda de discussões nas redes sociais e na mídia internacional, refletindo o clima de tensão política no país.

Impacto no setor agrícola e na sociedade

Caso a estratégia seja adotada, o setor agrícola provavelmente enfrentará desafios na adaptação de uma força de trabalho que atualmente depende em grande medida de migrantes. Além disso, há temores quanto à ampliação de desigualdades e vulnerabilidades sociais.

A questão, que envolve questões de legalidade, ética e economia, promete continuar no centro do debate político nos próximos meses, enquanto o governo busca implementar seus objetivos de reforma migratória e trabalhista.

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