Brasil, 12 de julho de 2025
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Críticas à resposta de Kristi Noem às enchentes no Texas geram repercussão

Funcionários da FEMA acusam novo protocolo de Noem de atrasar ações de socorro após enchentes mortais no Texas

Após as graves enchentes que atingiram o Texas na semana passada, críticas aumentam contra a secretária do Departamento de Segurança Interna dos EUA, Kristi Noem, por supostos atrasos na resposta aos desastres. Funcionários da FEMA afirmam que uma nova política de corte de custos, que exige assinatura pessoal de Noem para contratos e auxílios acima de US$ 100 mil, prejudicou ações rápidas de socorro na região central do Texas, onde cerca de 120 pessoas morreram e mais de 160 continuam desaparecidas.

Política de cortes e impacto na resposta de emergência

De acordo com quatro funcionários da FEMA ouvidos pela CNN, a nova medida de Noem impediu o deslocamento imediato de equipes de busca e resgate urbanas, que só foram autorizadas na última segunda-feira, mais de 72 horas após o início das enchentes. Naquela época, mais de 100 mortos já haviam sido confirmados. Documentos obtidos pela mesma fonte indicam ainda que, até segunda-feira à noite, apenas 86 integrantes da FEMA tinham sido enviados ao Texas.

Além disso, a política teria dificultado o fornecimento de imagens aéreas e o apoio de equipes adicionais nos centros de gerenciamento de desastres, dificultando a resposta emergencial ao desastre.

Resposta oficial e críticas da oposição

Ao ser questionada, a subsecretária do DHS, Tricia McLaughlin, afirmou que a agência está adotando uma abordagem de mobilização total para a recuperação, destacando o envio de uma equipe de coordenação à Texas, embora não tenha fornecido números específicos. Ela também criticou antigas políticas que, segundo ela, falharam na gestão de emergências ao longo dos anos.

No entanto, figuras políticas democratas, como o senador de Oregon Ron Wyden, criticaram duramente a resposta do governo, responsabilizando Kristi Noem pela tragédia. Wyden afirmou que “crianças no Texas morreram por negligência de Noem” e pediu sua remoção antes que sua má gestão cause mais perdas humanas, especialmente em outras emergências como incêndios florestais.

Desaparecimento de liderança e transparência questionada

Outro ponto de preocupação é a ausência do administrador da FEMA, David Richardson, que não fez declarações públicas ou visitou o Texas desde o início das enchentes, o que levou líderes locais e deputados democratas a questionar suas ações e a sua presença nos esforços de socorro. Um grupo de parlamentares enviou uma carta solicitando detalhes sobre o deslocamento de equipes e a gestão de recursos no estado.

Perspectivas futuras e possíveis efeitos calamitosos

Especialistas alertam que a postura de Noem pode agravar futuras calamidades, se a resposta às emergências continuar subordinada a políticas de austeridade e burocracia excessiva. A crise no Texas evidencia os riscos de políticas que priorizam economia em detrimento da eficiência e agilidade na ajuda às vítimas de desastres naturais.

Até o momento, o DHS não divulgou uma resposta oficial detalhada às críticas, intensificando o debate sobre os limites das políticas de gestão de emergência dos EUA e a necessidade de uma resposta mais rápida e coordenada frente às crises.

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