De acordo com dados do Censo IBGE divulgado nesta sexta-feira (11), cerca de 132 mil brasileiros vivem em áreas de proteção integral, como reservas biológicas, parques nacionais, estaduais e municipais, estações ecológicas, refúgios da vida silvestre e monumentos naturais. Essas regiões, onde a presença de pessoas é regulada e restrita, abrigam sobretudo comunidades tradicionais como indígenas e quilombolas.
População em áreas de proteção integral e grupos tradicionais
O levantamento mostra que essas populações têm uma presença maior em unidades de conservação do que outros grupos sociais. Entre esses moradores, destacam-se indígenas e quilombolas, que utilizam esses espaços para suas atividades tradicionais e culturais, além de habitar regiões de grande importância ambiental.
Segundo o IBGE, esses territórios representam uma fração importante do território nacional e desempenham papel fundamental na conservação da biodiversidade brasileira. A pesquisa aponta que, apesar das restrições, a presença dessas comunidades é essencial para a preservação dos ecossistemas e para o fortalecimento dos saberes tradicionais.
A importância da presença das comunidades tradicionais nas áreas de proteção
Especialistas afirmam que a convivência dessas populações com o meio ambiente contribui para a preservação dos recursos naturais, promovendo uma gestão mais sustentável das áreas protegidas. “A presença de comunidades tradicionais é um fator positivo na conservação, pois elas atuam como guardiãs dos territórios e trabalhadores na manutenção desses ecossistemas”, explica João Silva, especialista em conservação ambiental.
O relatório do IBGE reforça a necessidade de políticas públicas que incentivem o reconhecimento e o fortalecimento dessas comunidades em áreas de proteção integral, promovendo o equilíbrio entre preservação ambiental e direitos sociais.
Perspectivas e desafios futuros
O estudo aponta que o número de moradores dessas áreas deve crescer à medida que políticas de regularização fundiária e reconhecimento de territórios tradicionais avançem. No entanto, o desafio permanece na garantia de direitos e no combate ao conflito de interesses entre conservação e uso tradicional dos espaços.
A pesquisa completa pode ser acessada no site do G1.