Brasil, 12 de julho de 2025
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Queda na contagem de plataformas de petróleo e gás nos EUA afeta estratégia de Trump

A contagem de plataformas de petróleo e gás nos EUA atinge o menor nível em quatro anos, questionando promessas de expansão do setor.

A recente queda na contagem de plataformas de petróleo e gás ativas nos Estados Unidos representa um revés significativo para a administração do presidente Donald Trump, que sempre defendeu a expansão total da produção de combustíveis fósseis no país. Com a contagem de plataformas atingindo seu nível mais baixo em quase quatro anos, as questões econômicas e políticas levantam preocupações sobre as promessas feitas pelo presidente.

A realidade do setor de energia nos EUA

Segundo um relatório da Baker Hughes, a contagem de plataformas de perfuração caiu para 539 em 3 de julho, uma diminuição de 47 em relação ao mesmo período do ano anterior. Embora Trump tenha se esforçado para aumentar a exploração de petróleo e gás enquanto estava no cargo, esse declínio reflete uma realidade mais ampla, onde as forças do mercado, como os preços do petróleo e a pressão dos investidores, desempenham um papel crucial.

Os preços do petróleo bruto nos Estados Unidos caíram para a faixa de US$ 60 por barril, uma queda de cerca de 15% desde que Trump reassumiu o cargo. Essa diminuição nos preços torna algumas perfurações não lucrativas, um fato que, segundo analistas, tem um impacto direto na contagem de plataformas. Joseph A. Schremmer, diretor do Centro de Recursos Naturais e Energia da Universidade de Oklahoma, destacou que a instabilidade nos preços futuros pode manter os perfuradores hesitantes.

‘Drill, Baby, Drill’: A promessa não cumprida

Durante sua campanha eleitoral, Trump prometeu aumentar a produção interna de petróleo e gás, visando preços do petróleo mais baixos para os consumidores americanos. No entanto, essa estratégia resulta em um dilema: enquanto impulsiona preços mais baixos para os consumidores, isso pode ameaçar os lucros dos perfuradores.

Dados recentes mostram que, no início de julho, a contagem total de plataformas nos EUA era inferior à registrada em outubro de 2021, o que indica que o setor está enfrentando desafios significativos. Apesar de a produção de petróleo dos EUA ainda estar projetada para atingir novos recordes, a diminuição da atividade de perfuração levanta questões sobre a viabilidade a longo prazo dessa trajetória.

Com os operadores americanos agora mais focados em estratégias que maximizam o retorno financeiro — como recompra de ações e redução de dívidas — é evidente que a relação entre contagem de plataformas e produção se tornou mais tênue. Mesmo com menos plataformas, as empresas aprenderam a extrair mais petróleo de cada poço, demonstrando um aumento na eficiência tecnológica.

Implicações políticas e futuras batalhas energéticas

Recentemente, Trump avançou uma nova legislação, conhecida como “Big Beautiful Bill”, que encerra o apoio federal para energias renováveis, criando espaço para a expansão da produção de combustíveis fósseis. Este pacote legislativo remove incentivos significativos para energia limpa, abrindo as portas para um aumento na exploração de petróleo e gás.

A American Petroleum Institute elogiou a aprovação da legislação como um passo para restaurar a dominância energética americana. No entanto, o impacto de tais mudanças pode ser de longo alcance. Embora a redução dos obstáculos regulatórios possa impulsionar o setor de petróleo e gás no curto prazo, a manutenção de preços baixos do petróleo pode não motivar as empresas a aumentar significativamente a perfuração.

Enquanto o país navega por essas questões, a luta política sobre o futuro energético dos Estados Unidos certamente se intensificará, desafiando a visão de Trump sobre a transformação do setor energético nacional. O dilema da produção de petróleo em meio a preços em baixa reflete não apenas a complexidade do setor, mas também a pressão política que moldará as próximas etapas nas políticas energéticas americanas.

À medida que os efeitos econômicos e políticos dessas mudanças se desenrolam, o futuro da energia nos Estados Unidos permanece repleto de incertezas, com potenciais repercussões que vão além das fronteiras nacionais.

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