Brasil, 11 de julho de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Tarcísio responsabiliza Lula por tarifa de Trump e critica impacto para São Paulo

Governador de São Paulo avalia Tarifa de 50% anunciada pelos EUA, atribui decisão a ideologia de Lula e defende negociações para minimizar efeitos econômicos

Nesta quinta-feira (10), o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou que a tarifa de 50% sobre produtos brasileiros anunciada pelos Estados Unidos, liderada por Donald Trump, terá impacto negativo para o estado. Tarcísio destacou que São Paulo é um dos maiores exportadores do país, com destino principal os Estados Unidos, e defendeu a abertura de uma mesa de negociação para reduzir danos.

Impacto da tarifa de Trump para São Paulo e Brasil

Durante entrevista, Tarcísio explicou que a medida prejudica especialmente as exportações industriais do estado, que representam uma parte significativa das vendas ao mercado externo. “O impacto é negativo, porque, como eu falei, São Paulo é um grande exportador, o maior destino de exportações industriais do Estado de São Paulo são os Estados Unidos”, afirmou.

O governador também criticou a postura do governo brasileiro, atribuindo a decisão de Trump a uma suposta crise de alinhamento do Brasil com países considerados autoritários e à defesa da censura. “A decisão de Trump é resultado do alinhamento do Brasil com países autoritários e a defesa da censura, não podemos jogar a culpa no governo anterior”, declarou, fazendo referência à gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Reações políticas e econômicas ao anúncio de Trump

Após o anúncio, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi citado por Tarcísio, que relacionou as ações ao alinhamento do Brasil com regimes autoritários. Especialistas internacionais alertaram para a motivação política por trás da decisão, com o ex-presidente do Banco Central Alexandre Schwartsman afirmando que a medida pode ter sido influenciada por questões relacionadas à fase jurídica de Bolsonaro nos Estados Unidos. O Nobel de Economia Paul Krugman também apontou a utilização de tarifas como ferramenta política por parte de Trump.

O setor industrial e a agropecuária brasileira manifestaram preocupação com os efeitos das tarifas, que podem resultar na perda de empregos e prejudicar o crescimento econômico. “Eles tiveram tempo para prestigiar ditaduras, defender a censura e agredir o maior investidor direto no Brasil”, criticou Tarcísio.

Resposta de Gleisi Hoffmann, Haddad e Lula

A senadora Gleisi Hoffmann (PT), que é ministra das Relações Institucionais, rebateu as críticas de Tarcísio, afirmando que “quem coloca ideologia acima do interesse do país é o governador”. Segundo ela, a postura de Tarcísio e aliados representa uma continuação do que classificou como golpe, com a tentativa de usar tarifas americanas para afetar o governo brasileiro.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), criticou a postura de Tarcísio, declarando que ele age como “vassalo” e reforçando que o Brasil não pode se submeter a pressões sem fundamentos econômicos. Lula, por sua vez, reiterou a soberania brasileira diante das medidas estadunidenses. “O Brasil é um país soberano com instituições independentes que não aceitará ser tutelado por ninguém”, afirmou o presidente.

Contexto e motivações da tarifa de Trump

Segundo analistas, a decisão de Trump acompanhou uma movimentação mais ampla de elevar tarifas a diversos países, em uma estratégia que envolve interesses políticos e econômicos. A tarifa de 50% é a mais alta anunciada nesta rodada de medidas, que afeta inicialmente oito países, incluindo o Brasil. Trump justificou a ação alegando déficits comerciais e supostos ataques do Brasil às eleições americanas, embora dados do Ministério do Desenvolvimento mostrem o contrário, com o Brasil apresentando déficits históricos com os EUA.

Trump também afirmou que empresas brasileiras que estabelecerem operações nos EUA poderão evitar a tarifa, mas prometeu retaliar qualquer medida de retaliação adotada pelo Brasil. Lula respondeu que o país não aceitará “tutela” de ninguém e que continuará defendendo seus interesses soberanos e a justiça brasileira.

A medida ocorre em um momento de tensões nas relações internacionais, com preocupações sobre a influência de interesses políticos nas decisões de política tarifária, que podem afetar negativamente o comércio bilateral e o crescimento econômico de países como o Brasil.

Para mais detalhes, clique aqui.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes