Brasil, 10 de julho de 2025
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Eduardo Bolsonaro e a reação às sanções comerciais dos EUA

Após tarifaço de 50% dos EUA, aliados de Eduardo Bolsonaro minimizam impactos sobre o Brasil e o STF.

A recente imposição de tarifas de 50% pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em retaliação ao julgamento de Jair Bolsonaro, trouxe à tona uma série de discussões sobre a relação comercial entre Brasil e EUA. A medida, amplamente criticada por diversos setores, levantou preocupações sobre como essa ação pode impactar a economia brasileira e a estratégia política dos aliados de Bolsonaro nos próximos meses.

O cenário político e econômico

Nos últimos meses, aliados de Eduardo Bolsonaro, atuando em várias frentes, tentaram minimizar a possibilidade de sanções comerciais do governo americano contra o Brasil. A expectativa era de que Washington não adotasse medidas tão drásticas, principalmente considerando que o ex-presidente Jair Bolsonaro se encontra sob investigações relacionadas à chamada “trama golpista”. Contudo, a decisão de Trump de instaurar um tarifaço não apenas pegou muitos de surpresa, mas alterou significativamente o cenário para os políticos brasileiros.

Antes da imposição das tarifas, Eduardo Bolsonaro havia se exilado nos EUA com o propósito de costurar uma relação favorável com a Casa Branca e o Congresso americano. Essa estratégia visava garantir suporte contra decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) e proteção para seus familiares, uma vez que muitos temiam que as sanções afetassem não apenas o ex-presidente, mas também aqueles que o rodeiam.

Desdobramentos da decisão de Trump

A decisão de Trump remete a um episódio ocorrido em janeiro com o presidente colombiano Gustavo Petro, que recusou a recebê-los. Em resposta, o governo americano aplicou tarifas pesadas às importações colombianas, criando um impacto significativo na relação bilateral.

Assim, os mandarins do bolsonarismo estavam cientes de que um cenário similar poderia se materializar no Brasil. A questão promovia uma divisão entre os que temiam as consequências de uma resposta negativa do governo dos EUA e os que ainda esperavam não ser atingidos diretamente.

A percepção dos aliados de Bolsonaro

Durante uma entrevista ao ex-assessor de Trump, Steve Bannon, Eduardo Bolsonaro deixou claro que novas articulações estão sendo pensadas após o tarifaço. Aliados acreditam que a medida pode polarizar ainda mais o cenário político, afetando a imagem do governo atual e, inclusive, favorecendo o retorno de Bolsonaro à política.

No entanto, alguns analistas apontam que a ofensiva comercial poderá ter efeitos de longo alcance, não apenas restringindo os laços comerciais, mas também prejudicando aliados em estados estratégicos, como São Paulo e Minas Gerais. O dilema parece complicado, com potenciais repercussões na próxima eleição, marcada para 2026.

Resposta do governo brasileiro

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi rápido em sua resposta ao anúncio das tarifas. Em uma declaração, ele prometeu uma resposta recíproca às sanções, criticando a natureza política do ato de Trump. Lula enfatizou a necessidade de manter a soberania brasileira e garantir que o processo judicial contra aqueles envolvidos na trama golpista não seja influenciado por pressões externas.

Os desafios são claros: todo esse cenário poderá se desdobrar em uma nova estratégia bolsonarista que busca reverter os danos causados pelas tarifas aos seus planos políticos e de reabilitação. Eduardo e seus aliados pretendem argumentar que a aplicação de sanções contra o Brasil representa um ataque à democracia brasileira, reforçando a retórica de uma “caça às bruxas”.

Perspectivas futuras

Além de aspectos econômicos e políticos, a comunidade internacional observará de perto como essa situação irá evoluir. Há a expectativa de que as sanções dos EUA sirvam como um trunfo para Lula em seus esforços de reeleição em 2026, criando um dilema para o núcleo estratégico bolsonarista.

Assim, as próximas semanas serão cruciais para determinar o impacto do tarifaço na política interna do Brasil. Enquanto Eduardo Bolsonaro e outros aliados tentam ajustar suas estratégias, a população brasileira observa os desdobramentos com atenção.

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