O Botafogo acaba de anunciar a contratação de Davide Ancelotti, de 35 anos, como novo técnico do clube até dezembro de 2026. Filha do renomado treinador Carlo Ancelotti, Davide inicia sua carreira como técnico profissional em um contexto desafiador, uma vez que o seu antecessor, John Textor, conhecido por sua impaciência, já trocou de treinador 11 vezes desde que adquiriu a Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do clube carioca. Essa situação levanta questões sobre a estabilidade de sua gestão e os desafios que o novato irá enfrentar na busca por resultados.
A trajetória de Davide Ancelotti no futebol
Antes de assumir a responsabilidade como comandante do Botafogo, Davide Ancelotti ganhou experiência significativa como assistente técnico em importantes clubes europeus. Ele acompanhou seu pai em passagens por gigantes como Real Madrid, Everton, Napoli e Bayern de Munique. Esta vasta experiência, embora valiosa, não garante imunidade às pressões que enfrentará no Brasil.
O jovem técnico é a mais recente adição a uma longa lista de treinadores que passaram pelo Botafogo sob a gestão de John Textor. O primeiro na era Textor foi o português Luis Castro, que ficou no cargo por 458 dias, o que é considerado um tempo muito acima da média atual. Castro deixou o clube quando a equipe se encontrava na liderança do Campeonato Brasileiro e decidiu aceitar um desafio na Arábia Saudita.
O desafio da rotatividade no Botafogo
A rotatividade de treinadores no Botafogo vem sendo um tema constante e preocupante. Após a saída de Castro, Cláudio Caçapa foi interino por um breve período, seguido pela contratação de Bruno Lage, cuja passagem durou apenas 78 dias. Mesmo com a equipe liderando o Brasileirão, o técnico acabou sendo demitido e Lúcio Flávio ficou encarregado até que fosse escolhido um novo gestor.
Tiago Nunes foi a escolha seguinte, mas sua gestão também não durou muito, com apenas 99 dias de trabalho, culminando em sua demissão após um empate frustrante na Copa Libertadores, que evidenciou a falta de paciência de Textor. O ciclo continuou com a chegada de Carlos Leiria, que somente ficou 43 dias, mostrando que o desafio da estabilidade é um verdadeiro teste para qualquer treinador.
Esperanças com Davide Ancelotti
Após um longo período de incertezas e mudanças constantes, a contratação de Davide Ancelotti traz um novo sopro de esperança aos torcedores do Botafogo. Na oficialização de sua chegada, o clube destacou a “experiência direta na elite do futebol europeu” de Davide e sua “forte ambição de construir seu próprio legado”.
No entanto, a dúvida que paira sobre a contratação é se Davide conseguirá resistir à impaciência de John Textor, que já demonstrou ser um proprietário exigente e que não hesita em mudar quando os resultados não aparecem. Estando à frente do clube, cabe a ele estabelecer uma identidade e uma filosofia que realmente funcionem e tragam resultados. É um grande desafio, mas também uma oportunidade única para um jovem treinador se afirmar em um ambiente competitivo.
Resultados a curto prazo
A expectativa agora gira em torno dos primeiros jogos de Davide à frente do Botafogo. Para um técnico em início de carreira, conquistar a confiança dos jogadores e da torcida será fundamental. A equipe busca se manter competitiva no cenário nacional e, quem sabe, almejar um posto na Libertadores.
Os torcedores esperam ansiosos que Davide Ancelotti encontre a fórmula mágica para a longevidade no cargo e que seja capaz de iniciar um novo capítulo na história do Botafogo. A pressão é grande, mas o jovem treinador também carrega um legado de experiência e uma herança de sucesso que, espera-se, o ajudem a enfrentar os desafios à frente.
Por fim, os próximos meses serão cruciais para que Davide Ancelotti possa consolidar seu trabalho e mostrar que ele é o homem certo para liderar o Botafogo rumo a novos horizontes. Resta torcer para que a sua jornada na equipe seja marcada por sucessos e estabilidade, algo que os torcedores tanto almejam fora da sombra das rápidas mudanças de técnicos.