Os números oficiais revelam que o Brasil mantém déficits comerciais consecutivos com os Estados Unidos desde 2009, totalizando uma diferença de mais de US$ 90 bilhões até o primeiro semestre de 2025. Nesse período, as exportações americanas ao Brasil superaram suas importações pelo lado brasileiro, refletindo um desequilíbrio na balança comercial.
Desigualdade na relação comercial com os EUA
Segundo dados divulgados pelo Ministério da Economia, as vendas americanas ao Brasil ultrapassaram as importações brasileiras do país por US$ 90,28 bilhões, considerando até junho de 2025. Este cenário evidencia uma longa trajetória de déficits comerciais, que afeta a balança econômica brasileira.
A análise do especialista em comércio internacional, João Almeida, destaca que “a persistência do desequilíbrio mostra a importância de políticas que reduzam a dependência de produtos importados dos EUA e incentivem a produção nacional”.
Contexto e impacto na economia brasileira
Desde 2009, o Brasil acumulou um déficit expressivo na relação comercial com os Estados Unidos. O desequilíbrio contribui para a pressão sobre a moeda local e pode influenciar na valorização do dólar frente ao real.
Segundo o levantamento, o volume de importações americanas ao Brasil mantém-se elevado, enquanto as exportações brasileiras ao mercado americano não acompanham o ritmo. “Essa relação desigual limita a capacidade de crescimento da nossa indústria e reforça a necessidade de diversificação de mercados”, afirma a economista Maria Cardoso.
Perspectivas futuras e desafios
Especialistas apontam que equilibrar essa balança exige estratégias para ampliar as exportações brasileiras, especialmente de commodities e manufaturados, e reduzir a dependência de importações de produtos de alta tecnologia dos EUA.
O governo já vem adotando medidas para estimular a competitividade das empresas nacionais, mas há um desafio estrutural na redução do déficit comercial com uma das maiores economias do mundo.
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