Decidi assistir ao primeiro episódio de “Secret Lives of Mormon Wives” após o sucesso da segunda temporada e a repercussão nas redes sociais. Meu conhecimento sobre a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias se limitava às referências em programas como “The Real Housewives of Salt Lake City” e algumas noções de “O Livro de Mormon”. Surpreendentemente, o conteúdo vai muito além do que eu imaginava.
Primeiras impressões sobre a produção e o conteúdo
Logo na introdução, a série apresenta uma narrativa provocativa, com uma estética que mistura moda religiosa e estilo de vida contemporâneo. Parece que as mulheres vestem roupas similares às tradicionais mormon, mas com um toque mais atual, ou será que foi uma pegadinha de T.J. Maxx?
Uma das primeiras impressionantes foi a revelação de que uma jovem, Taylor Frankie Paul, está passando por um divórcio complicado, envolvendo scandal de swing e infidelidade. Isso indica que o episódio abordará temas tabu dentro do universo religioso, como sexo, drogas e conflitos familiares.
As protagonistas e o universo #MomTok
Conhecemos as protagonistas, que fazem parte de uma nova geração de mormon mulheres influenciadas pelo movimento #MomTok, criado por Taylor, Whitney, Mayci e Mikayla. Apesar de não saber exatamente o que esse movimento representa, fica claro que há uma cultura de julgamento e posicionamento explícito aqui.
Taylor, por exemplo, revela que seu relacionamento com o ex-marido acabou por conta de um envolvimento em swinger, algo que ela diz não ser um problema para ela. É curioso perceber como a série mistura motivos religiosos com cultura pop e sexualidade livre.
Escândalos e conflitos na tela
Já nos primeiros minutos, várias situações controversas são apresentadas: traições, escândalos sexuais (inclusive envolvendo swinging), uma possível gravidez, e um namorado recém-saído de recuperação de drogas. Parece uma coleção de clichês dramáticos, mas tudo se mostra bem real na narrativa.
Whitney, uma das personagens, retorna à história após rumores de traição por parte do marido, Conner, que teria trocado mensagens com mulheres pelo Tinder durante todo o casamento. As revelações são de causar nervosismo — e parecem indicar que muitas dessas mulheres precisam de terapia urgentemente.
Dinâmicas de amizade e conflito emocional
Outro ponto marcante é a aparente falta de conexão verdadeira entre as mulheres. Algumas parecem mais amigas das câmeras do que umas com as outras, levantando questões sobre a autenticidade das relações no grupo.
Além disso, as cenas de discussão, como a briga entre Taylor e Dakota, com polícia sendo chamada por uma disputa doméstica, mostram um lado caótico muito distante do ideal mormon de abstinência. São histórias que desafiam qualquer ideia clássica de moralidade e pureza religiosa.
A percepção e o impacto do episódio
Apesar do conteúdo pesado, incluindo temas sensíveis como violência doméstica, vício e aborto espontâneo, é difícil não se envolver com o ritmo acelerado e a intensidade dos conflitos apresentados. O episódio, ao mesmo tempo, causa repulsa e fascínio, deixando o espectador querendo mais.
Confesso que estou completamente absorta, mesmo sabendo que provavelmente estou assistindo a um circo de escândalos. É uma mistura de drama gratuito com uma curiosidade mórbida por entender como essas jovens vivem sob a fachada de uma religião conservadora.
Se você gosta de reality shows dramáticos e escândalos reais, “Secret Lives of Mormon Wives” promete entregar isso em doses cavalares. Recomendo, mesmo com todas as advertências de conteúdos sensíveis, a assistir na plataforma Hulu aqui.