No último dia 7 de julho, o Grêmio Recreativo Escola de Samba Beija-Flor foi oficialmente reconhecido pela Câmara Municipal de Nilópolis, no estado do Rio de Janeiro, como Patrimônio Cultural e Imaterial da cidade. A cerimônia, que aconteceu em uma sessão solene, incluiu a renomação da Rua Pracinha Wallace Paes Leme para Avenida Beija-Flor de Nilópolis, um tributo à história e ao legado da escola.
A homenagem e seus simbolismos
O evento atraiu a presença de figuras emblemáticas da Beija-Flor, incluindo membros da Velha Guarda, as tradicionais Baianas, o casal de mestre-sala e porta-bandeira, Claudinho e Selminha Sorriso, além dos mestres de bateria Plínio e Rodney. O público foi emocionado com reminiscências da trajetória da escola, que tem muito orgulho de sua história rica e cultural. “Orgulho e emoção definem o nosso sentimento. Nilópolis honra quem leva seu nome para o mundo”, postou a Beija-Flor em suas redes sociais, demonstrando a satisfação com o reconhecimento.
Conquistas marcantes da Beija-Flor
A homenagem na Câmara Municipal também celebrou três conquistas importantes para a agremiação:
- a criação da Avenida Beija-Flor de Nilópolis;
- o reconhecimento da escola como Patrimônio Cultural e Imaterial do Município;
- e a inclusão do símbolo do beija-flor na logomarca oficial da cidade.
Essas conquistas não só enaltecem a contribuição da Beija-Flor para a cultura local, mas também reforçam a importância da escola dentro do famoso Carnaval carioca, um dos maiores espetáculos do mundo. O reconhecimento é visto como um passo importante para a valorização das tradições culturais que fazem parte do cotidiano de Nilópolis.
O samba-enredo e a tradição cultural da Bahia
Em um anúncio empolgante, a Beija-Flor revelou que o samba-enredo para o Carnaval de 2026 irá retratar a cerimônia do Bembé do Mercado, considerada a maior manifestação de candomblé de rua no mundo, que ocorre em Santo Amaro da Purificação, na Bahia. Este evento cultural e religioso é um Patrimônio Imaterial da Bahia desde 2012 e do Brasil desde 2019, e atualmente busca o título de Patrimônio Cultural da Humanidade junto à Unesco.
A escolha deste tema demonstra a intenção da Beija-Flor de valorizar e difundir a cultura afro-brasileira, mostrando na avenida como as manifestações populares e religiosas são pilares da identidade cultural nacional. Essa conexão com as raízes afro-brasileiras é fundamental para a história da escola, que sempre buscou respeitar e celebrar suas origens.
O impacto da Beija-Flor na cultura brasileira
A Beija-Flor de Nilópolis é uma das escolas mais icônicas do Carnaval carioca. Fundada em 1948, a escola conquistou diversas campeonatos nos desfiles do Grupo Especial, sendo um dos nomes mais lembrados por meio de suas inovações e temas impactantes. Além do espetáculo nas avenidas, a escola tem um papel social importante, atuando em diversas áreas para promover cultura e cidadania em sua comunidade.
O reconhecimento pela Câmara Municipal de Nilópolis não é apenas uma vitória para a Beija-Flor, mas uma celebração da tradição e identidade local que reverbera em todo o Brasil e além. À medida que se aproxima mais um Carnaval, a expectativa em torno da Beija-Flor só aumenta, com a comunidade unida em celebrar a cultura, a história e a paixão pelo samba.
Dessa forma, a Beija-Flor reafirma sua posição como um dos maiores ícones do Carnaval brasileiro, com a esperança de que, através de sua arte e criatividade, consiga inspirar futuras gerações a valorizar e manter vivas as tradições culturais que moldaram o nosso país.