Na manhã desta quarta-feira (9), a governadora em exercício, Celina Leão, anunciou uma significativa ampliação do programa Acolhe DF, que desde 2021 oferece assistência a pessoas em situação de rua e dependentes químicos no Distrito Federal. O novo decreto, publicado no Diário Oficial, introduz a busca ativa, uma abordagem inovadora onde agentes do governo se dirigem até as ruas para oferecer acolhimento e tratamento, em vez de esperar que as pessoas procurem ajuda por conta própria.
A importância da busca ativa no Distrito Federal
Com a implementação deste novo método, o governo visa mapear as comunidades e criar um cadastro específico das pessoas que necessitam de ajuda. “Esse decreto vai permitir a busca ativa, que é isso que nós queremos focar. Ou seja, nós não vamos esperar essa pessoa procurar ajuda. Nós que vamos na rua fazer essa abordagem”, declarou Celina Leão à TV Globo.
Esta iniciativa surge em um momento crítico, considerando o crescimento do número de pessoas em situação de rua no DF. A busca ativa será realizada em diversos espaços públicos, como praças, parques, feiras livres e áreas comerciais, utilizando informações fornecidas por órgãos públicos e organizações da sociedade civil.
Estratégias de acolhimento e tratamento
As ações de busca ativa não apenas facilitarão o contato inicial, mas também permitirão uma avaliação adequada das necessidades das pessoas assistidas. As secretarias de Desenvolvimento Social e Saúde serão responsáveis por identificar e avaliar a possível dependência química dos atendidos. Caso a dependência seja confirmada, os indivíduos serão direcionados para comunidades terapêuticas já conveniadas ao programa Acolhe DF.
Processo de tratamento e reinserção social
O tratamento das pessoas acolhidas pode ocorrer de forma individual ou em grupo e poderá incluir encaminhamentos para serviços especializados. O governo também planeja implementar planos terapêuticos, suporte psicossocial, e atendimento em unidades hospitalares, garantindo que as necessidades de saúde dos assistidos sejam atendidas de maneira integral.
Além do suporte imediato, o Acolhe DF também se preocupa com a reintegração social dessas pessoas. Após o tratamento, os assistidos receberão apoio para acesso a programas de alfabetização, capacitação profissional, intermediação de mão de obra e encaminhamento para programas habitacionais, com o objetivo de proporcionar uma nova chance na vida.
Desafios e perspectivas futuras
A ampliação do Acolhe DF representa um passo importante na luta contra a situação de rua e dependência química no Distrito Federal. No entanto, os desafios são imensos. A implementação da busca ativa exigirá recursos adequados, treinamentos para os agentes envolvidos e uma colaboração contínua com a sociedade civil para garantir que as políticas sejam eficientes e eficazes.
A expectativa é que a nova abordagem não apenas ajude a resolver a situação atual, mas também promova um ambiente mais acolhedor e solidário para aqueles que enfrentam dificuldades. Com um plano bem estruturado e a mobilização de diferentes setores, há a esperança de que o Acolhe DF se torne um modelo a ser seguido por outras regiões do Brasil.
Por fim, é fundamental que a sociedade esteja atenta e engajada nesse processo, pois a mudança não é apenas responsabilidade do governo, mas de todos nós. O olhar empático e a disposição para ajudar são passos essenciais para transformar a realidade das pessoas em situação de rua e criar um futuro mais promissor para todos.
Para ler mais sobre as ações do governo do DF e acompanhar as novidades sobre o programa Acolhe DF, siga as notícias no g1 DF.
