Na próxima semana, durante as comemorações do jubileu de diamante, a revista “Vida Nova” fará o lançamento de um livro especial que resgata 65 anos de missão, resistência e evangelização em Moçambique. A obra tem como objetivo homenagear gerações de leitores e colaboradores que transformaram a publicação em uma importante voz de justiça e fé no contexto sociopolítico do país. Com uma rica coletânea de testemunhos, documentos e fotografias, o livro promete destacar a essência e a relevância da revista na história moçambicana.
A importância da revista Vida Nova na sociedade moçambicana
Fundada em 1960, a “Vida Nova” superou seu papel inicial de mero boletim religioso, tornando-se um instrumento fundamental para a formação cristã e a análise crítica do curso sociopolítico de Moçambique. A revista acompanhou e documentou as mudanças significativas que o país atravessou, desde a luta pela independência até os desafios contemporâneos, como a digitalização. “Esse livro é um testemunho de uma história que não pode ser esquecida. É crucial garantir que suas contribuições sejam reconhecidas pelas gerações futuras”, afirma o Padre Cantifula de Castro, coordenador editorial da obra.
O livro traz em seus oito capítulos um panorama diversificado das vozes que fizeram a revista resistir em momentos críticos, como a censura que se seguiu à independência. “Organizamos o projeto ao longo de um ano, reunindo sete autores sob a coordenação de minha pessoa e do Padre António Bonato, que trabalharam arduamente para compilar essas memórias”, explica Padre Cantifula.
Memórias e testemunhos marcantes
Os testemunhos de diferentes personalidades, incluindo religiosos, leigos e leitores rurais e urbanos, revelam os bastidores da revista e o impacto que ela teve nas comunidades. Figuras como Irmão Edgar, Irmã Josefina e Doutor Teodato Unguana contribuíram com relatos que mostram a importância da Vida Nova na luta pela justiça social e defesa dos direitos humanos. “Foi um processo exigente de pesquisa, recolha de memórias e verificação editorial, mas que prova a força de uma equipe que, em grande parte, trabalha de forma voluntária”, ressalta o coordenador.
Expectativas e reflexões para o futuro
A expectativa é que o lançamento do livro não apenas faça justiça à memória da revista, mas também inspire novas reflexões sobre o papel dos meios de comunicação cristãos em Moçambique. “Esta obra nasce para salvaguardar a memória, mas também para lançar pontes com o futuro”, conclui o Padre Cantifula, destacando a relevância contínua da Vida Nova no contexto atual de Moçambique.
O lançamento oficial está programado para a próxima semana e, sem dúvida, marcará um momento significativo para todos aqueles que foram tocados pela missão da revista e desejam conhecer mais sobre sua história. A disseminação do conhecimento acumulado ao longo de 65 anos promete enriquecer o debate e a compreensão sobre a trajetória sociopolítica e religiosa do país.
Mais informações sobre o lançamento e o conteúdo do livro estarão disponíveis no site da revista e nas plataformas de comunicação. A coluna “Vida Nova” permanece como um símbolo de esperança e justiça, reafirmando seu compromisso com a verdade e a fé na sociedade moçambicana.
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