Brasil, 9 de julho de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

House aprova pacote fiscal de Trump, com consequências severas para os EUA

Congressistas aprovam lei que corta impostos, restringe Medicaid e intensifica ações de imigração, acentuando crises no país

Na última quinta-feira, o Congresso dos Estados Unidos aprovou um amplo pacote fiscal que reduz impostos, limita programas sociais como o Medicaid e aumenta o fortalecimento das ações de imigração sob o comando de Donald Trump, enviando a legislação para assinatura presidencial. A medida gerou reações veementes de opositores, que denunciam riscos sociais e econômicos significativos.

Impactos imediatos na saúde e na economia dos EUA

O projeto de lei, aprovado por uma margem estreita de 218 a 214 votos, prevê cortes de mais de US$ 4,5 trilhões em impostos, dos quais uma parte é compensada por reduções em programas de assistência alimentar e saúde, como o Medicaid. Críticos alertam que essas medidas podem levar à perda de acesso à saúde para milhões de americanos e ao fechamento de hospitais, especialmente em áreas rurais.

Medicaid sob ataque

Um dos pontos mais controversos é a implementação de “requisitos de trabalho” para adultos não incapacitados, uma tentativa de limitar o acesso ao Medicaid ao exigir que as pessoas comprove que trabalham, fazem voluntariado ou participam de treinamentos por pelo menos 20 horas semanais. O Escritório de Orçamentos do Congresso (CBO) afirma que essa medida provavelmente não resultará na geração de empregos com cobertura de saúde.

Reconcentração do poder de imigração e segurança

Um aspecto que alarmou opositores é o aumento imediato de US$ 150 bilhões para a agência de imigração ICE, visando ampliar operações de deportação e construir novas unidades de detenção. Os recursos incluem US$ 45 bilhões para novos centros de detenção e US$ 29 bilhões para contratar mais agentes, presença que leva a temores de militarização do controle migratório.

Reações e críticas à legislação

Representantes democratas como Alexandria Ocasio-Cortez (NY) classificaram as propostas de “ameaça à sociedade americana”, enquanto líderes republicanos defendem o pacote como essencial para o crescimento econômico. Contudo, vários membros do partido, inclusive alguns moderados, manifestaram reservas sobre as mudanças na assistência social, mas foram convencidos a votar a favor após pressões internas.

Consequências de longo prazo e debate político

Especialistas alertam que a aprovação dessa lei acarreta um aumento de aproximadamente US$ 3,4 trilhões na dívida pública americana, agravando o déficit e colocando em risco as finanças do país. O alinhamento de discursos oficiais promete que as medidas estimularão o crescimento econômico, apesar de estudos indicarem que cortes de impostos severos tendem a favorecer os mais ricos enquanto prejudicam os segmentos mais vulneráveis.

O líder democrata Hakeem Jeffries criticou a legislação, dizendo que ela representa um ataque ao sistema de saúde e ao bem-estar social. Por sua vez, o republicano Mike Johnson celebrou a aprovação como um avanço na agenda “America First”, embora adversários a considerem um passo perigoso para o futuro do país.

Próximos passos e repercussões futuras

Com a aprovação na Câmara, o projeto segue para o gabinete de Trump, que deve sancionar a lei nas próximas semanas. Analistas preveem que a implementação pode gerar protestos em massa e uma intensificação das disputas políticas, além de agravar os problemas de desigualdade social nos Estados Unidos.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes