Brasil, 9 de julho de 2025
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Reação negativa à aprovação do projeto de lei de Trump que amplia cortes fiscais e reduz Medicaid

Política partidária, cortes em programas sociais e impacto na saúde pública geram forte oposição ao projeto aprovado na Câmara dos EUA

A Câmara dos Deputados dos Estados Unidos aprovou nesta quinta-feira (23) uma controversa proposta de lei que reduz impostos, limita programas de assistência social e aumenta gastos com USB e deportações. O projeto, que aguarda assinatura de Donald Trump, foi aprovado por uma maioria estreita de 218 contra 214 votos, com forte rejeição de partidos democratas e resistência de alguns republicanos.

Impacto na saúde e no bem-estar social

O projeto de lei inclui a revogação de expansões recentes do Medicaid, principal programa de assistência médica a famílias de baixa renda, além de estabelecer novas regras de trabalho que obrigam adultos a provar participação em atividades laborais ou de voluntariado para manter o acesso ao benefício. Segundo o Congressional Budget Office, essas mudanças provavelmente prejudicarão hospitais, sobretudo em áreas rurais, e deixarão milhões de cidadãos desprotegidos.

Críticos como o deputado Jim McGovern (D-Mass.) qualificaram a medida de “cruel, covarde e uma traição aos valores americanos”, afirmando que o governo favorece os mais ricos às custas dos mais vulneráveis.

Gasto elevado com deportações e aumento da dívida

Apesar de alertas sobre o risco de aumento da dívida pública e o destruição do equilíbrio fiscal, os republicanos aprovaram um aumento de mais de 3,4 trilhões de dólares na dívida nacional, financiados principalmente por cortes de mais de um trilhão de dólares em programas de assistência social, incluindo o SNAP, programa de auxílio alimentar.

Além disso, o pacote destina 150 bilhões de dólares para fortalecer a máquina de deportação de imigrantes, incluindo 45 bilhões de dólares para novos centros de detenção e 29 bilhões de dólares para contratação de agentes do ICE. Para líderes democratas, esse valor é uma ameaça à sociedade e aos direitos civis dos cidadãos.

Controvérsia sobre as mudanças na política de imigração

O centro das críticas é o foco do projeto na ampliação da força de trabalho do ICE e a implementação de requisitos de trabalho para beneficiários do Medicaid. Segundo a deputada Alexandria Ocasio-Cortez (D-N.Y.), a transformação do ICE em uma força paramilitar representa uma ameaça à democracia.

Vance, vice-presidente do Partido Republicano, chegou a afirmar nas redes sociais que o dinheiro destinado à imigração e à deportação é mais importante do que as demais mudanças na legislação, incluindo questões fiscais e de assistência social.

Reações e debates no Congresso

Após horas de debates e tentativas de obstrução, a votação final ocorreu após uma madrugada tensa, com vários republicanos se abstendo ou votando contra o projeto devido às alterações feitas pelo Senado, que aumentaram o custo da proposta em aproximadamente um trilhão de dólares.

O líder democrata Hakeem Jeffries criticou o projeto, afirmando que ele representa um ataque à saúde pública e ameaça o futuro do Medicaid. Já o presidente da Câmara, Mike Johnson, defendeu a medida como uma realização da agenda “America First”.

Perspectivas futuras e riscos

O projeto agora seguirá para a assinatura do presidente Trump, que poderá vetá-lo ou sancioná-lo. Especialistas alertam que as mudanças propostas podem aprofundar desigualdades, reduzir o acesso a cuidados básicos e aumentar ainda mais a crise econômica, especialmente em regiões mais vulneráveis do país.

Com o impacto das medidas facilmente perceptível em áreas social e fiscal, a aprovação do projeto reacende debates sobre o rumo da política americana e o papel do Estado na proteção dos seus cidadãos.

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