O Fluminense, considerado a menor força entre os quatro clubes brasileiros na Copa do Mundo de Clubes, impresionou com uma campanha memorável. Desde a estreia contra o Borussia Dortmund, até a eliminação na semifinal para o Chelsea, o time sob o comando de Renato Gaúcho desafiou os prognósticos e conquistou a simpatia dos fãs. Embora a frustração tenha sido grande com o sonho de conquistar um título histórico, os torcedores tricolores guardarão com carinho a trajetória nos Estados Unidos, que trouxe um protagonismo internacional e benefícios que vão além das quatro linhas.
Um trabalho tático excepcional
Falar sobre a jornada do Fluminense no Mundial sem mencionar o trabalho do técnico Renato Gaúcho seria impossível. Após um período longe dos holofotes, Renato novamente se destacou, provando que seus títulos passados não foram mera sorte. Ele apresentou uma formação inovadora com três zagueiros, que ajudou a equipe a se tornar uma muralha defensiva, permitindo apenas cinco gols durante toda a competição.
A defesa ganhou novos talentos. Jogadores como Thiago Silva, Ignácio e Freytes deixaram as críticas de lado e se destacaram entre os melhores zagueiros do torneio. Com essa formação, o Fluminense conseguiu neutralizar ataques capazes de desestabilizar qualquer equipe, proporcionando segurança ao time em momentos críticos.
O impacto do meio-campo no desempenho da equipe
Além da defesa sólida, o meio-campo do Fluminense teve um desempenho surpreendente. Martinelli, Hércules e Nonato se destacaram, não apenas pela entrega em campo, mas também por suas contribuições ofensivas. Nonato, especialmente, tornou-se artilheiro da equipe, marcando dois gols importantes e mostrando que, muitas vezes, são os jogadores menos esperados que brilham em grandes momentos.
Entretanto, nem tudo foram boas atuações. Ganso teve participação limitada, e seu espaço no elenco parece ter diminuído, enquanto Cano, que costuma ser um atacante decisivo, apresentou oscilações em seu rendimento. A expectativa era alta, mas a busca por ritmo pode ter afetado seu desempenho.
A importância de Jhon Arias e o futuro promissor da equipe
O colombiano Jhon Arias se destacou como referência técnica durante a competição, sendo eleito o melhor jogador em campo em três de suas seis partidas. Arias demonstrou qualidade superior, criando oportunidades e liderando o setor ofensivo. Com sua renovação de contrato até 2028, ele deverá atrair ainda mais interesse do mercado internacional, especialmente após a visibilidade alcançada no Mundial.
Resultados financeiros e projeções futuras
No aspecto financeiro, a participação do Fluminense na competição rendeu uma premiação de 52,32 milhões de euros, aproximadamente R$336 milhões. Este valor representa quase 50% da receita total estimada para 2024, avaliada em R$684 milhões. Essa injeção de recursos é crucial para a diretoria, que busca equilibrar as finanças e, quem sabe, realizar contratações significativas na próxima janela de transferências.
A diretoria tricolor, ciente da importância de se reforçar, teve somente uma contratação relevante até o momento, com a chegada de Soteldo. A pressão é alta, uma vez que os rivais estão investindo em reforços para fortalecer suas equipes. No entanto, a administração confia que o status conquistado pelo Fluminense como um dos quatro melhores clubes do mundo aumentará suas chances de atrair novos talentos no mercado.
A internacionalização da marca Fluminense
Fora de campo, a internacionalização da marca Fluminense se concretizou. Os resultados da equipe reverberaram mundialmente, elevando o prestígio do clube em lugares antes inexplorados. Jornais de renome mundial, inclusive da Alemanha, elogiaram a performance do clube, reforçando a ideia de que o impacto desta participação vai muito além da questão financeira.
Por fim, a trajetória do Fluminense no Mundial de Clubes não só deixou marcas no coração da torcedores, mas também representa um novo capítulo para o clube na busca por títulos importantes na temporada, como o Campeonato Brasileiro, a Copa do Brasil e a Sul-Americana.
