Brasil, 9 de julho de 2025
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Aumento do preço da gasolina no DF mesmo após queda na Petrobras

Estudo aponta que redução de R$ 0,17 na gasolina não chegou aos consumidores do DF e Minas Gerais, onde os preços aumentaram.

Em uma reviravolta que pegou muitos de surpresa, o anúncio da Petrobras sobre a redução de R$ 0,17 por litro na gasolina não se refletiu nos postos de combustíveis do Distrito Federal (DF) e Minas Gerais. Na verdade, esses locais registraram um aumento nos preços. Essa discrepância foi confirmada por um estudo recente do Ministério de Minas e Energia, que revelou que os consumidores não estão colhendo os benefícios do anúncio feito pela estatal.

Ministro de Minas e Energia cobra ação efetiva

Na terça-feira (8), o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, expressou sua preocupação e exigiu que os órgãos de fiscalização investiguem o que considerou um ajuste indevido nos preços da gasolina nessas regiões. “Não aceitaremos distorções injustificadas que penalizam o povo brasileiro. Esperamos que os órgãos competentes apurem os fatos e atuem com firmeza para garantir um mercado de combustíveis mais justo, transparente e equilibrado”, declarou Silveira em uma audiência pública.

Para promover essa investigação, o Ministério acionou vários órgãos, incluindo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), e o Procon de Minas Gerais e do DF. O objetivo é garantir que os preços praticados nos postos sejam abonados por um fundamento sólido, evitando assim abusos.

Descontentamento da população e cobrança do presidente

A situação chegou ao conhecimento do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que também se manifestou sobre o aumento dos preços. No dia 4 de junho, Lula fez um apelo para que as autoridades competentes realizem uma fiscalização rigorosa nos valores cobrados pelos postos de gasolina e diesel em Brasília. Ele afirmou: “É preciso levar em conta que nem quando a Petrobras baixa [o preço do combustível], muitos postos não reduzem. Estavam me dizendo que em Brasília teve um posto que aumentou R$ 0,50. Isso não é possível”.

Esse descontentamento é compartilhado por muitos consumidores que se sentem enganados com a diferença entre os preços anunciados e aqueles que realmente pagam nos postos. Para tentar entender essa lacuna, a Advocacia-Geral da União (AGU) solicitou que uma investigação rigorosa seja realizada em relação aos preços dos combustíveis em todo o país.

Indícios de repasse incorreto de preços

A AGU indicou que há indícios de que tanto as distribuidoras quanto os revendedores não estão repassando ao consumidor as reduções de preços que foram estabelecidas pelas refinarias. Nesse contexto, a falta de transparência e a variação dos preços de combustíveis têm gerado uma forte insatisfação na população, que já enfrenta dificuldades financeiras em meio à inflação.

Conforme dados obtidos, alguns postos no DF apresentaram aumentos significativos, com a gasolina chegando a custar até R$ 6,89 em diversos locais. Isso reflete não apenas a questão do repasse irregular, mas também a necessidade de uma análise mais profunda sobre como é definido o preço do combustível nas diferentes regiões do Brasil.

Expectativas de mudanças

Enquanto a fiscalização é realizada, a expectativa é que medidas eficazes sejam adotadas para evitar abusos e proteger o consumidor. O combate às variações injustificadas nos preços é essencial para a manutenção da confiança da população nas instituições responsáveis pela regulação do mercado.

A questão dos combustíveis é um tema relevante e que merece atenção contínua, considerando o seu impacto direto sobre o cotidiano dos brasileiros. O que se espera agora é que as ações adotadas resultem em um mercado mais equilibrado e justo, onde os cidadãos possam realmente se beneficiar de reduções anunciadas.

A tarefa dos órgãos competentes será, portanto, crucial nas próximas semanas, em uma luta para garantir que preços justos sejam uma realidade, sem que a população precise arcar com o fardo das distorções no mercado de combustíveis.

Leia mais sobre essa e outras notícias através do g1 DF.

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