Brasil, 8 de julho de 2025
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Aplicativo inovador detecta Parkinson usando inteligência artificial

Estudante desenvolve app que utiliza IA para diagnosticar precocemente a doença de Parkinson através da análise facial.

No Dia Mundial do Parkinson, celebrado em 11 de abril, a importância do diagnóstico precoce desta enfermidade se torna ainda mais evidente. Recentemente, o estudante de Ciência da Computação Caio Burton, da Universidade Federal do Piauí (UFPI), apresentou uma solução inovadora: um aplicativo que utiliza inteligência artificial (IA) para auxiliar no diagnóstico da doença de Parkinson, diagnosticando sinais como a hipomimia, que é a redução das expressões faciais. O app foi desenvolvido em parceria com o neurologista Kelson James e é uma ferramenta que promete revolucionar a forma como a doença é detectada, facilitando o trabalho dos profissionais de saúde.

A importância do diagnóstico precoce de Parkinson

A Doença de Parkinson é uma condição neurológica progressiva que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Os sintomas iniciais podem ser sutis e frequentemente passam despercebidos. Dentre eles, a hipomimia é um dos mais comuns, caracterizando-se pela diminuição das expressões faciais, que pode ser confundida com desinteresse ou apatia. A proposta de Caio se baseia na identificação desses sinais através de imagens faciais, permitindo que a detecção seja feita de forma mais rápida e eficaz.

Como funciona o aplicativo

O aplicativo atua analisando imagens dos rostos dos pacientes e utilizando algoritmos de inteligência artificial para detectar padrões que indicam a presença de hipomimia. Caio explica que essa tecnologia não tem a intenção de substituir médicos, mas sim de oferecer uma ferramenta complementar que pode auxiliar no diagnóstico inicial.

“A ideia é que o aplicativo possa ser utilizado como uma triagem, especialmente em regiões onde os recursos de saúde são limitados. Ele pode ajudar na identificação precoce da doença, permitindo um tratamento mais eficaz desde o início”, afirma Caio.

Desafios enfrentados no desenvolvimento

Uma das principais dificuldades enfrentadas por Caio e sua equipe foi a escassez de imagens disponíveis para treinar o modelo de IA. “Encontrar um número suficiente de imagens variadas foi um grande desafio. Além disso, adaptar a rede neural para funcionar em dispositivos móveis que têm limitações de desempenho foi uma tarefa complexa”, relata.

Para contornar essas dificuldades, a equipe optou por desenvolver uma Interface de Programação de Aplicações (API) que processa os dados na nuvem, o que garante que o aplicativo funcione mesmo em celulares mais simples e com menor capacidade de processamento.

Reconhecimento acadêmico e futuro do projeto

O trabalho de Caio foi reconhecido com o Prêmio Destaque na Iniciação Científica e Tecnológica de 2024, concedido pelo CNPq. Este prêmio é destinado a estudantes de graduação que se destacam por sua pesquisa em áreas tecnológicas e científicas. A cerimônia de premiação ocorrerá na 77ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), que acontecerá entre os dias 13 e 19 de julho na Universidade Federal Rural de Pernambuco.

A conquista de Caio e Kelson demonstra o potencial da IA na medicina e abre portas para futuros desenvolvimentos nesta área. Com a crescente demanda por soluções tecnológicas em saúde, o aplicativo pode ser um passo importante em direção a diagnósticos mais precisos e precoces, não apenas para a Doença de Parkinson, mas também para outras condições que apresentam sintomas semelhantes.

Conclusão

O desenvolvimento de aplicativos que utilizam inteligência artificial representa uma nova era na medicina, permitindo a detecção precoce de doenças complexas. A iniciativa de Caio Burton é um exemplo inspirador de como a tecnologia pode ser aliada à saúde, oferecendo esperança e novas oportunidades para pacientes e médicos. No Dia Mundial do Parkinson, é fundamental refletir sobre a importância da conscientização e do diagnóstico precoce, destacando inovações que podem transformar vidas.

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