Brasil, 8 de julho de 2025
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Ex-mulher de traficante é levada para unidade materno-infantil

Danúbia de Souza, ex-mulher de Nem da Rocinha, ficará presa com filhos na unidade materno-infantil do Complexo Penitenciário de Bangu.

A ex-mulher do conhecido traficante Nem da Rocinha, Danúbia de Souza Rangel, foi transferida para a Unidade Materno-Infantil (Umi), localizada no Complexo Penitenciário de Bangu, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Este fato tem gerado discussões sobre o acolhimento de mães e seus filhos em unidades prisionais, onde é permitido que as mães permaneçam com seus bebês por até um ano.

A transferência e suas implicações

De acordo com a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), a unidade materno-infantil foi criada com o objetivo de acolher mães que estão presas e que desejam ficar próximas de seus filhos. Esse tipo de unidade garante que as mães possam cuidar de seus bebês em um ambiente menos hostil do que o encontrado em prisões tradicionais. Além disso, a medida busca proporcionar uma melhor condição de vida para as crianças que, muitas vezes, se encontram em situações vulneráveis.

A transferência de Danúbia para a Umi ocorreu em um contexto de ações voltadas a humanizar o sistema prisional no Brasil. As unidades materno-infantis, como a de Bangu, têm se tornado uma solução para questões complexas relacionadas à maternidade e à criminalidade. Nesse espaço, as mães têm a oportunidade de criar seus filhos até os 12 meses, um passo importante para garantir que a criança não seja separada de sua mãe em um período tão crítico.

Reações e percepções da sociedade

A chegada de Danúbia à unidade tem adicionado combustível ao debate sobre a relação entre a maternidade e o sistema penitenciário. Muitos defensores dos direitos humanos avaliam que essas iniciativas são necessárias, ao passo que outros levantam questionamentos sobre segurança e a influência que a presença de mães com antecedentes criminais pode representar para as crianças.

Para especialistas, a criação de espaços como a Umi é um avanço na tentativa de oferecer mais dignidade às mulheres encarceradas e aos seus filhos. “É fundamental que as crianças tenham contato com suas mães, especialmente nos primeiros meses de vida”, comenta a psicóloga Ana Ribeiro. Ela ainda ressalta que, apesar das dificuldades, a presença materna pode influenciar positivamente o desenvolvimento emocional da criança.

A continuidade das políticas públicas

O estado do Rio de Janeiro tem se esforçado para implementar políticas públicas que garantam direitos básicos a mães e crianças no sistema penitenciário. A presença de unidades como a Umi é um exemplo de como é possível buscar soluções que conciliem a segurança pública com o bem-estar da criança.

Recentemente, o Governo do Estado anunciou a expansão de unidades materno-infantis em diferentes regiões, com o intuito de atender o maior número possível de mães detidas. Isso mostra um compromisso com a humanização do sistema prisional e reforça a importância de se discutir esses temas abertamente.

O futuro de Danúbia e seus filhos

Embora não se saiba exatamente como será o futuro de Danúbia de Souza Rangel e seus filhos, sua transferência para a Umi representa um importante passo no seu percurso. A presença da mãe nos primeiros meses de vida é crucial para o bem-estar da criança, e essa possibilidade pode servir como um alicerce para que Danúbia busque reestruturar sua vida e a de sua família, mesmo diante da adversidade que a situação impõe.

O caso de Danúbia nos lembra da complexidade e das múltiplas camadas que envolvem questões como maternidade, criminalidade e políticas de reintegração social. À medida que a sociedade avança na busca por soluções mais justas e equitativas, é fundamental que o debate continue, contemplando as diversas vozes e realidades que compõem a discussão.

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