Brasil, 8 de julho de 2025
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Haddad destaca necessidade de cortes nos gastos tributários e defende nova globalização sustentável

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira que os gastos tributários no Brasil atingiram “patamares absurdos” e ressaltou que os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário devem contribuir para os cortes necessários. A declaração foi feita durante sua chegada ao Ministério da Fazenda, ao discutir a necessidade de controlar as despesas públicas em meio a uma conjuntura econômica desafiadora.

Gastos tributários sob atenção: o papel dos três poderes

Segundo Haddad, cumprir as metas fiscais do país depende do esforço conjunto dos três Poderes para conter o consumo de gastos tributários. “Se cada Poder usar das suas prerrogativas para evitar o aumento de despesas e colaborar com cortes, será mais fácil alcançar nossas metas financeiras”, afirmou, destacando a urgência de uma reforma tributária eficiente.

Brics apoiam criação de uma convenção internacional sobre tributação

No sábado passado, Haddad destacou que os países do Brics apoiam o estabelecimento de uma convenção da Organização das Nações Unidas (ONU) voltada à cooperação internacional em matéria tributária. A iniciativa representa um avanço importante rumo a um sistema de tributação global mais justo e eficaz, especialmente na cobrança de impostos sobre os super-ricos.

Fortalecimento do multilateralismo e justiça tributária mundial

Durante reunião de ministros das Finanças e governadores de bancos centrais do Brics, Haddad destacou que o bloco reforça sua vocação de defesa do multilateralismo ao apoiar uma “reglobalização sustentável”. “Este passo decisivo visa construir um sistema tributário internacional mais inclusivo, representativo e justo, garantindo que os ricos do mundo contribuam proporcionalmente”, afirmou o ministro.

Propostas econômicas e ações do Brics

Entre as iniciativas em andamento, Haddad mencionou esforços para facilitar o comércio e o investimento entre os países do grupo, reforçar a coordenação no sistema monetário internacional e avançar em parcerias público-privadas. Além disso, destacou a importância de tratar a tributação de indivíduos de alta renda, que, segundo ele, deve ser mais justa e efetiva.

Outra agenda: clima, social e reforma do sistema financeiro

No âmbito climático, Haddad enfatizou a criação de instrumentos inovadores, como a Tropical Forest Forever Facility, para acelerar a transformação ecológica, com previsão de anúncios na COP 30. Na esfera social, garantiu a mobilização de recursos públicos e privados para segurança alimentar e oportunidades econômicas, reforçando a importância de uma agenda prática e de resultados concretos.

“Reglobalização sustentável”: visão de um novo multilateralismo

Haddad afirmou ainda que esse novo multilateralismo representa uma “reglobalização sustentável”, uma nova visão de integração global com foco no desenvolvimento social, econômico e ambiental. Para ele, o Brics é o fórum com maior legitimidade para defender essa abordagem do século XXI, que pensa na inclusão e na justiça como pilares essenciais.

O ministro concluiu destacando que o Brasil, como presidente do bloco, propõe um FMI mais representativo e reforça a consolidação do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB) como uma instituição de referência. “Nossa mensagem é clara: defendemos uma ordem econômica global mais justa, sustentável e verdadeiramente representativa”, afirmou Haddad.

Para mais informações sobre os temas abordados, acesse o link da matéria original.

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