Na quinta-feira (10), a Câmara dos EUA aprovou um projeto de lei que reduz impostos, corta o edital de Medicaid e reforça ações de imigração sob o governo de Donald Trump, enviando a legislação para assinatura presidencial. A medida, que passsou por dificuldades antes de sua votação, enfrenta críticas severas por ampliar desigualdades e agravar problemas sociais e econômicos.
Implicações do projeto de lei de Trump para os impostos e o sistema de saúde
O projeto beneficia principalmente as famílias mais ricas, ao mesmo tempo em que limita o acesso à Medicaid, afetando hospitais, especialmente em áreas rurais. Segundo a Casa de Orçamento dos EUA, as mudanças podem colocar em risco milhões de pessoas que dependem do programa de assistência médica. A proposta prevê cortes de mais de US$ 1 trilhão em programas de alimentação e saúde pública.
Críticas ao impacto social e econômico
“Este projeto é uma traição aos princípios de justiça social, cortando recursos essenciais dos mais vulneráveis para favorecer os já poderosos”, declarou o deputado democrata Jim McGovern. Outros apontam que a lei é uma “austeridade cínica” que acelerará o aumento da dívida nacional — estimado em US$ 3,4 trilhões — ao desconsiderar estudos econômicos e apostar em crescimento irrealista.
Medidas de imigração e segurança
Além de cortes fiscais, o projeto reserva US$ 150 bilhões para intensificar a deportação de imigrantes ilegais, incluindo US$ 45 bilhões para novos centros de detenção e US$ 29 bilhões destinados a novos agentes do ICE. Críticos alertam que tais recursos transformarão o ICE em uma força paramilitar, como afirmou a deputada Alexandria Ocasio-Cortez.
Reações e debates internos
Alguns republicanos, como Brian Fitzpatrick e Thomas Massie, votaram contra, mas a maioria cedeu às pressões de Trump. O líder da bancada democrata, Hakeem Jeffries, considerou a legislação uma “ataque brutal à saúde pública e aos direitos civis”.
Reações e perspectivas futuras
Enquanto o Congresso acelerou a aprovação do projeto para cumprir um prazo pré-estabelecido, senadores democratas e moderados expressaram preocupação com os cortes em programas sociais e o aumento da dívida. Analistas dizem que o impacto da legislação deve durar anos, exacerbando desigualdades e colocando em risco o acesso universal à saúde.
O projeto agora depende da assinatura de Trump para entrar em vigor, o que poderá consolidar uma política de cortes sociais e reforço da repressão migratória, com consequências profundas para o futuro dos Estados Unidos.