Brasil, 8 de julho de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Visa investe bilhões para combater fraudes cibernéticas de alta sofisticação

A gigante dos pagamentos dedica US$ 12 bilhões em tecnologia de IA nos últimos cinco anos para proteger bilhões de dólares contra ataques cada vez mais avançados

A Visa, líder global em soluções de pagamento, investiu US$ 12 bilhões nos últimos cinco anos no desenvolvimento de recursos de detecção de fraudes utilizando inteligência artificial (IA). Com US$ 15 trilhões em transações anuais — aproximadamente 15% da economia mundial — a empresa enfrenta constantes ameaças de criminosos que tentam desviar recursos por meios cada vez mais sofisticados.

Fraudes modernas exigem tecnologia avançada

Para manter a segurança de sua vasta rede, a Visa criou um sistema de monitoramento e combate a fraudes altamente automatizado, que opera em instalações de vigilância global, incluindo na Virgínia, Londres e Cingapura. Segundo Michael Jabbara, chefe global de soluções antifraude da Visa, organizações criminosas variam desde indivíduos isolados até grupos corporativos que faturam milhões de dólares por meio de golpes complexos.

“Estes grupos se estruturam de forma semelhante a empresas de tecnologia, oferecendo kits de ferramentas antifraude na dark web e lançando operações de ataque de força bruta para descobrir dados de cartões de crédito”, explicou Jabbara à AFP durante uma visita ao centro de segurança da companhia. Ele destacou que a sofisticação dessas ações permite ataques silenciosos, que muitas vezes passam meses sem serem detectados.

Golpes que exploram vulnerabilidade emocional

Atualmente, os criminosos também se concentram em golpes que visam diretamente o emocional dos consumidores, manipulando-os a realizar compras ou transações por medo ou esperança. “Os consumidores estão vulneráveis e podem ser explorados facilmente, especialmente em oportunidades que parecem boas demais para serem verdade”, alertou Jabbara.

Entre as táticas usadas estão fraudes envolvendo relacionamentos virtuais com pessoas de países como Mianmar, onde vítimas são manipuladas e, muitas vezes, forçadas a trabalhar em centros de golpes cibernéticos operados por redes criminosas na Ásia.

Ferramentas “prontas para uso” e ataques em escala

Criminosos podem adquirir kits completos de softwares antifraude, programas de ataque automatizado e bots na dark web, facilitando operações de negação de serviço ou tentativas repetidas de pagamento — método conhecido como ataque de força bruta — que descobrem detalhes de cartões de crédito de forma clandestina.

“Este setor de crimes evoluiu com a computação em nuvem, eliminando barreiras de entrada, e os serviços ‘prontos para uso’ permitem ataques em escala industrial”, afirmou Jabbara. Algumas organizações criminalizadas empregam ainda diretores de risco, responsáveis por decidir quais atividades ilícitas são suficientemente seguras ou perigosas para serem realizadas, considerando o risco de intervenção policial.

Sala de guerra e vigilância global

Para enfrentar essas ameaças, a Visa mantém uma unidade de operações de risco na Virgínia, onde analistas monitoram fluxos de dados 24 horas por dia, detectando padrões suspeitos e atividades fraudulentas. Além disso, o Centro de Fusão Cibernética promove vigilância contínua contra ataques direcionados à infraestrutura da empresa.

“Lidamos com milhões de ataques em diferentes regiões, e a maioria é neutralizada automaticamente”, ressaltou Jabbara. As instalações de segurança na Inglaterra e Cingapura asseguram vigilância global contínua, reforçando a capacidade da Visa de responder rapidamente às ameaças emergentes.

Essas estratégias avançadas representam o esforço robusto da Visa para proteger sua rede e os consumidores frente a uma ameaça cada vez mais organizada e tecnológica. Para mais detalhes, acesse a matéria completa no Globo.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes