Brasil, 16 de julho de 2025
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EUA encerram estado de emergência por queda na gripe aviária

CDC desativa resposta de emergência à gripe aviária após redução de casos e disseminação controlada, mas alerta para riscos futuros

O Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC) anunciou o encerramento da resposta de emergência à gripe aviária, após a diminuição significativa dos surtos no país. A decisão foi tomada na semana passada, quando o surto que afetou humanos, aves e gado começou a apresentar sinais de contenção, diminuindo também os preços dos ovos nos mercados americanos.

Fim da emergência e mudança na vigilância

Segundo uma fonte familiarizada com o assunto, a designação de emergência foi oficialmente concluída, permitindo que os programas de vigilância e resposta retornem ao funcionamento regular, sob a gestão da Divisão de Influenza do CDC. A partir de agora, o acompanhamento será realizado de forma rotineira, com divulgar mensalmente os números de testes e monitoramento de casos humanos com a cepa H5N1, enquanto as taxas de infecção entre animais deixarão de ser publicadas.

Atual situação nos Estados Unidos e impacto internacional

Estados considerados entre os mais afetados, como a Califórnia, que encerrou sua declaração de emergência em abril, continuam acompanhando a doença, embora com esforços reduzidos. Em 2024, os EUA registraram 11 casos humanos confirmados, com preocupações ainda quanto à possibilidade de o vírus sofrer mutações e se tornar mais transmissível entre pessoas, alertam especialistas.

O CDC também destacou que, apesar de a resposta emergencial estar sendo desativada, a vigilância permanece necessária devido ao risco de circulação entre aves migratórias e possíveis novas infecções humanas. A ausência de ações coordenadas mais intensas pode dificultar a detecção precoce de alterações perigosas no vírus, alertam epidemiologistas, como Dean Blumberg, da Universidade da Califórnia em Davis.

Perspectivas e riscos futuros

Embora a ameaça aparente estar sob controle, especialistas indicam que a redução das ações de monitoramento pode criar lacunas na detecção de novos casos. “Deixar passar um aumento nos casos pode atrasar a resposta, aumentando a probabilidade de transmissão mais ampla e mutações no vírus”, afirma Blumberg.

Dados recentes do CDC mostram que, até o momento, a doença causou 70 infecções em humanos desde o início da circulação do vírus entre aves e bovinos na temporada passada, com uma morte registrada em janeiro. Os sintomas incluem sinais gripais e conjuntivite, tratáveis com antivirais como Tamiflu.

Repercussões na colaboração internacional e medidas preventivas

Na esfera internacional, o Brasil mantém sua situação sob controle, tendo declarado oficialmente que está livre da gripe aviária, enquanto outros países como a China e alguns na Ásia continuam em alerta devido à circulação do vírus em aves migratórias. Além disso, 17 países suspenderam o embargo às exportações de carne de frango brasileira, após restrições relacionadas ao vírus.

No contexto nacional, ações de monitoramento avançado continuam em vigor, apesar do fim do estado de emergência nos EUA. A atenção agora se volta para a vigilância contínua e estratégias de contenção que minimizem os riscos de uma possível epidemia de maior escala.

Para mais informações, acesse o texto completo no Globo.

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