Brasil, 16 de julho de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Dia de Zé Pelintra: devotos celebram fé e devoção na Lapa

Fiéis compartilham histórias emocionantes sobre a devoção ao malandro Zé Pelintra, figura marcante da cultura carioca.

Na segunda-feira, 7 de julho, a Lapa, coração boêmio do Rio de Janeiro, vivenciou uma celebração especial em homenagem a Zé Pelintra, uma das figuras mais emblemáticas da cultura carioca. Conhecido por seu jeito malandro e irreverente, Zé Pelintra é considerado o chefe da falange dos malandros e simboliza a resistência e a autenticidade do povo carioca. Para muitos, essa data representa não apenas um momento de devoção, mas também uma reafirmação da identidade cultural e da luta contra a intolerância religiosa.

Histórias de fé e devoção

Os fiéis que passaram pelo altar de Zé Pelintra na Lapa neste dia especial compartilharam suas experiências emocionantes e a profunda fé que nutrem pelo malandro. A fisioterapeuta Elaina Costa, uma das devotas presentes, contou que a devoção à figura de Zé começou com sua mãe. “Desde pequena, acompanho minha mãe, que sofria muito e, um dia, encontrou Seu Zé num ônibus. Ele a ajudou em uma situação difícil e, quando ela foi agradecer, ele já não estava mais lá. Desde então, ela virou devota e nos trouxe com ela. Ele é milagroso. Temos histórias”, revelou Elaina, emocionada.

As histórias de gratidão e milagres são comuns entre os devotos de Zé Pelintra. A técnica de enfermagem Nijia Queiroz também se fez presente no altar para agradecer. “Pra mim, Seu Zé significa saúde. Um ano atrás, eu estava aqui, nesse mesmo horário, com câncer na tireoide. Acendi uma vela e pedi pra ser curada. Prometi que, se isso acontecesse, hoje eu voltaria com cerveja e farofa pra dividir com todos aqui”, contou ela. Essa conexão íntima entre fé e vida cotidiana ressalta a importância de Zé Pelintra para a vida de muitos cariocas.

Um patrimônio cultural da cidade

Zé Pelintra não é reconhecido como um santo na tradição católica, mas ocupa um espaço central nos terreiros de umbanda e catimbós do Nordeste, onde é visto como um símbolo de sabedoria e proteção. Sua presença na Lapa, onde estabeleceu seu altar, é um patrimônio cultural que reúne pessoas em busca de inspiração e ajuda. Neste espaço, uma placa indica: “Quem procura este lugar vem em busca de inspiração, proteção…”. É um símbolo do acolhimento e da esperança que milhares encontram nesse malandro.

A celebração do Dia de Zé Pelintra também representa uma luta contra a intolerância religiosa no Brasil. Em um país onde a diversidade cultural é uma riqueza, a figura de Zé Pelintra é um lembrete da força dos que resistem e do direito de celebrar suas crenças. No altar, fotos, flores e oferendas foram deixadas com muito carinho, simbolizando a fé dos devotos e a resistência da cultura afro-brasileira.

A força da identidade carioca

A data não só homenageia Zé Pelintra, mas também reforça a importância da cultura popular carioca. Zé Pelintra articula elementos da cultura brasileira, incorporando tradições e folclores nordestinos ao espírito carioca. A sua imagem, com seu chapéu e seu jeito descontraído, remete à boemia e à liberdade, características tão associadas ao Rio de Janeiro.

Para muitos, Zé Pelintra representa um mentor, alguém que orienta e protege. Em tempos difíceis, sua figura se torna um farol de esperança, onde os devotos se reúnem para agradecer e pedir bênçãos. A devoção vai além do ato de fé, representando um compromisso com a tradição e a cultura que fazem parte do cotidiano carioca e brasileiro.

Assim, o Dia de Zé Pelintra não é apenas uma celebração da religiosidade, mas também uma afirmação da cultura e da identidade do povo carioca. Para os que passaram pela Lapa, o encontro com o malandro é um momento de renovação da fé, de reencontro consigo mesmo e de celebração da vida.

Em suma, a figura de Zé Pelintra encerra em si a essência da malandragem carioca, um apelo à liberdade e ao respeito pela diversidade cultural, destacando a importância da convivência entre as diferentes tradições religiosas e a luta contra a intolerância. A devoção ao malandro se mantém viva, pulsante e cheia de esperança, refletindo a alma do Rio de Janeiro.

Para saber mais sobre como as celebrações e a cultura popular se manifestam na cidade, siga-nos nas redes sociais e compartilhe sua história com a gente!

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes