Brasil, 16 de julho de 2025
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Conflito sobre o aumento do IOF é “próprio da democracia”, afirma Lula

Presidente Lula comenta derrubada de decreto que aumentava IOF e alega que divergências são normais na democracia.

Na última segunda-feira (7), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se manifestou sobre a recente controvérsia em torno do decreto que aumentava o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Em uma afirmação recheada de nuances políticas, Lula declarou que a divergência com o Congresso Nacional é, de fato, algo “próprio da democracia”, embora tenha classificado a decisão do Legislativo de derrubar o decreto como “totalmente anticonstitucional”.

Contexto da divergência

O líder brasileiro fez essas declarações após a cúpula de líderes do Brics, realizada no Museu de Arte Moderna, no Rio de Janeiro. Durante o evento, Lula também foi indagado sobre como o compromisso do Brics com Justiça Tributária, que visa equilibrar as contribuições entre ricos e pobres, poderia resonar no debate nacional. Essa questão é particularmente relevante, já que o aumento proposto do IOF era uma estratégia do governo para incrementar a arrecadação e, assim, minimizar cortes em áreas de proteção social.

Segunda instância judicial

Após o Congresso derrubar o decreto, o caso seguiu para o Supremo Tribunal Federal (STF), onde a Advocacia-Geral da União (AGU) tomou a iniciativa de recorrer. O relator do processo, ministro Alexandre de Moraes, já agendou uma audiência de conciliação para o dia 15 deste mês, sinalizando que a questão ainda terá desdobramentos significativos no cenário jurídico brasileiro.

Reuniões estratégicas do presidente

Lula anunciou que se reunirá ainda nesta semana com o advogado-geral da União, Jorge Messias, para discutir o futuro do assunto. Antes disso, ele receberá o primeiro-ministro da Índia, Nahendra Modi, em Brasília, na terça-feira (7), e, na quarta-feira, o presidente da Indonésia, Prabowo Subianto, também está agendado para uma visita. Esses encontros demonstram a busca do Brasil por fortalecer seus laços internacionais em meio a um clima político interno conturbado.

A história do IOF e decisões passadas

O presidente brasileiro lembrou que, ao longo da história, ministros do STF já aprovaram aumentos de IOF em administrações anteriores, citando especificamente decisões durante o governo de Fernando Henrique Cardoso e do ex-presidente Jair Bolsonaro. Essa referência tenta alinhar o atual governo com um histórico que legitima a prática, mesmo diante da contestação atual.

Expectativas futuras

A tensão gerada por essa divergência ficará em evidência nos próximos dias, especialmente antes da audiência marcada pelo STF. A expectativa é que o governo tente defender sua posição com base em precedentes e em uma necessidade urgentemente sentida de recursos financeiros para manter os programas sociais. Contudo, a sociedade brasileira observará atentamente como essa questão poderá impactar a relação do Executivo com o Legislativo e a própria confiança nas instituições democráticas.

Vale destacar que a situação atual reflete uma dança política complexa, onde decisões podem alterar significativamente a trajetória econômica do país. A definição sobre o aumento do IOF pode não apenas afetar a arrecadação, mas também possivelmente influenciar a percepção pública sobre a eficácia do governo Lula em lidar com os desafios econômicos e sociais do Brasil contemporâneo.

Assim, enquanto o Brasil avança com sua agenda internacional, o governo enfrentará o desafio interno de equilibrar as expectativas e as demandas de diversas partes interessadas, numa democracia que se mostra vibrante, mas também marcada por intensos conflitos políticos.

Para mais informações sobre as atualizações desse caso, acesse o [link da fonte](https://agenciabrasil.ebc.com.br/politica/noticia/2025-07/divergencia-politica-sobre-iof-e-propria-da-democracia-diz-lula).

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