Brasil, 16 de julho de 2025
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EUA adiamenta retomada de tarifas recíprocas para 1º de agosto

Washington adia tarifas que atingem mais de 180 países e aumenta tarifas de 25% ao Japão e Coreia do Sul, em meio às tensões comerciais globais

A Casa Branca anunciou nesta segunda-feira (7) que irá adiar para 1º de agosto a retomada das tarifas recíprocas, previstas originalmente para o dia 9 de julho, que afetarão mais de 180 países. Enquanto isso, os Estados Unidos impuseram uma tarifa mínima de 25% sobre produtos importados do Japão e da Coreia do Sul, elevando a pressão nas negociações comerciais com esses países.

Tarifa de 25% para Japão e Coreia do Sul

Os detalhes das novas tarifas foram divulgados por meio de cartas do presidente Donald Trump aos líderes do Japão e da Coreia do Sul, publicadas na rede social Truth Social. Segundo as mensagens, a tarifa de 25% entra em vigor a partir de 1º de agosto e incidirá sobre todos os produtos enviados pelos dois países aos Estados Unidos, além de tarifas setoriais específicas.

Na carta enviada ao primeiro-ministro japonês, Ishiba Shigeru, Trump afirma que essa medida representa uma demonstração de força e do compromisso dos EUA com seus parceiros comerciais. “A tarifa de 25% é muito menos do que o necessário para eliminar a disparidade do déficit comercial com o Japão”, diz o documento, ressaltando ainda que o país pode evitar a tarifa se investir na produção dentro dos EUA.

Adiamento das tarifas recíprocas

O adiamento das tarifas recíprocas, inicialmente previstas para entrar em vigor nesta quarta-feira (9), amplia a suspensão por mais três semanas, permitindo negociações bilaterais. O objetivo é evitar a aplicação de tarifas que poderiam variar entre 10% e 50%, afetando tanto países desenvolvidos quanto emergentes.

Até o momento, o governo americano assinou acordos limitados com o Reino Unido e o Vietnã. Países como União Europeia, Índia, Indonésia, Tailândia e Suíça tentam evitar as sobretaxas, que ainda enfrentam obstáculos nas negociações com os EUA.

Relações com o grupo BRICS e ameaças tarifárias

Outro foco da política de Trump tem sido o grupo BRICS, formado por Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul, além de outros países emergentes. No domingo (6), o presidente dos EUA anunciou que pretende impor uma tarifa adicional de 10% a qualquer nação que adira às “políticas antiamericanas” do grupo, sem especificar quais países seriam afetados.

As declarações geraram reação internacional. O Ministério das Relações Exteriores da China declarou que “o uso de tarifas não serve a ninguém” e criticou a estratégia como um meio de coação. A Rússia também afirmou que as ações dos EUA não representam uma ameaça ao grupo, reforçando a intenção de manter uma cooperação conjunta.

Repercussões e contextos internacionais

Segundo analistas, as ações de Trump indicam uma escalada na guerra comercial, com potencial impacto negativo na economia global. Ainda não há clareza sobre quais países serão atingidos pelas novas tarifas adicionais de 10%, e o governo americano ainda não detalhou o que considera “políticas antiamericanas”.

Especialistas alertam que a estratégia de Donald Trump busca pressionar países a negociarem acordos favoráveis aos EUA, enquanto as nações tentam evitar medidas que possam prejudicar seu comércio exterior. A dramática tensão reforça o cenário de instabilidade nas relações comerciais internacionais em meio a uma disputa que parece longe de acabar.

Pontos finais

O momento é de atenção nas negociações comerciais globais, com o cenário internacional marcado por ameaças tarifárias e respostas diplomáticas. A expectativa é que os próximos dias tragam mais definições sobre o impacto dessas medidas e a continuidade das alianças econômicas no contexto de uma economia mundial em transformação.

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