Brasil, 9 de julho de 2025
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Investimentos em saúde e bem-estar são essenciais, diz Lula no Brics

Durante a Cúpula dos Brics, presidente Lula defende a necessidade de investimento em saúde e espaço fiscal para o bem-estar social.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez um discurso contundente na abertura do segundo dia da Cúpula dos Brics, no Rio de Janeiro, nesta segunda-feira (7). Durante a sessão plenária, cujo tema era “Meio Ambiente, COP30 e Saúde Global”, Lula ressaltou que os investimentos em saúde e bem-estar dos cidadãos demandam “espaço fiscal” por parte dos governos. A declaração vem em um momento em que ele enfrenta pressão de mercados financeiros e do Congresso para cortar despesas.

Necessidade de Espaço Fiscal para Saúde

Durante sua fala, Lula destacou a realidade de diversas doenças que afligem a população e a aparente desigualdade na resposta a esses problemas entre o hemisfério Norte e o Sul. “Muitas das doenças que matam milhares em nossos países, como o mal de Chagas e a cólera, já teriam sido erradicadas se atingissem o Norte Global”, criticou. Ele sublinhou a importância da implementação do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 3 (ODS 3), que visa assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todos ao longo da vida.

O presidente enfatizou que não há direito à saúde sem os fundamentos de um bom saneamento básico, alimentação adequada, educação de qualidade, moradia digna e geração de renda. Essa afirmação coloca em evidência um aspecto crucial: as interconexões entre saúde, meio ambiente e desenvolvimento sustentável.

Defesa da OMS e da Saúde Global

Outro ponto importante abordado por Lula foi a necessidade de recuperar o protagonismo da Organização Mundial da Saúde (OMS). “Apesar de ser um direito humano, bem público e motor de desenvolvimento, a saúde global também é profundamente afetada pela pobreza e pelo unilateralismo. Recuperar o protagonismo da Organização Mundial da Saúde como foro legítimo para o enfrentamento às pandemias e na defesa da saúde dos povos é urgente”, afirmou ele.

A OMS desempenhou um papel vital nas tentativas globais de enfrentamento da pandemia de Covid-19, mas enfrenta desafios significativos, uma vez que alguns países, como Estados Unidos e Argentina, anunciaram suas saídas da organização, o que levanta uma série de questionamentos sobre a sua eficácia e relevância futura.

Investimentos Sociais em Tiempos de Crise

Lula, que ocupa a posição de anfitrião da Cúpula dos Brics, não se deixou intimidar pelas pressões para reduzir gastos em áreas sociais. Em seu discurso, ele intensificou a retórica de um conflito de classes, alinhando-se aos interesses dos mais pobres contra os mais ricos. Essa estratégia visa reforçar seu compromisso com as camadas mais vulneráveis da população, algo que poderá moldar a agenda política do seu governo nos próximos meses.

Embora a questão de espaço fiscal seja complexa e delicada, especialmente em um ambiente econômico global incerto, Lula parece determinado a seguir investindo em áreas críticas para o bem-estar nacional, mesmo diante das ameaças de cortes de orçamento. A defesa de uma abordagem integrada que una meio ambiente, saúde e desenvolvimento sustentável é um passo importante na construção de uma agenda que priorize o ser humano.

Conclusão

A Cúpula dos Brics destacou a principal mensagem de Lula sobre a necessidade urgente de investimentos sustentáveis em saúde e bem-estar. Ao traçar um paralelo entre as dificuldades enfrentadas em países em desenvolvimento e os interesses das potências globais, Lula não apenas reafirma a posição do Brasil em fóruns internacionais, mas também lança uma luz sobre a importância de um compromisso renovado com a saúde, especialmente em tempos tumultuados. O discurso do presidente ressoou não apenas nas paredes do evento, mas também nas vidas de milhões que esperam por ações concretas em benefício da saúde e qualidade de vida.

O Brasil se posiciona, portanto, como um defensor ativo da saúde global, insistindo que um futuro sustentável é alcançável se houver a vontade política para realizar os investimentos necessários. Assim, a mensagem de Lula se torna um convite à reflexão sobre as prioridades nacionais e as realidades que muitas vezes ficam à sombra das decisões políticas.

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