No último domingo (6/7), Mariana Marins, irmã de Juliana Marins, fez uma tocante postagem nas redes sociais em homenagem à irmã que faleceu após um trágico acidente de percurso em uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia. A perda de Juliana, que apenas 26 anos, deixou amigos e familiares em profunda tristeza.
Despedida cheia de memórias
A postagem de Mariana foi feita apenas dois dias após o sepultamento de Juliana, realizado na sexta-feira (4/7), no Cemitério Parque da Colina, localizado em Pendotiba, Niterói, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Contrariando o plano inicial da família de realizar a cremação, optaram pelo sepultamento, tornando o momento ainda mais emotivo.
Na emocionante mensagem, Mariana relembrou os momentos da infância ao lado da irmã, compartilhando uma foto delas ainda crianças. Mariana destacou que as lembranças vieram à tona enquanto olhava fotos de Juliana, provocando uma onda de emoções. “Foram tantos anos ao seu lado, com tantas memórias, histórias, viagens, choros, abraços e conquistas”, escreveu Mariana, refletindo sobre a relação especial que tinha com a irmã.
“Infelizmente, não consegui te proteger dessa vez”, lamentou Mariana, em um desabafo que ecoa a dor e a saudade daqueles que perderam um ente querido.
Um legado de amor e lembranças
Em sua postagem, Mariana mencionou que sempre teve o desejo de proteger Juliana, desde a infância. Ela ressaltou que havia muitos registros fotográficos que ilustravam essa relação de proteção e carinho. Mariana também contou que, no próximo mês, a irmã completaria 27 anos e a descreveu como uma “estrela tão especial”, expressando seus sentimentos por meio de uma antecipação dos cumprimentos de aniversário.
O texto de Mariana finaliza com um agradecimento particular, refletindo a profunda conexão entre as irmãs: “Obrigada por ter sido minha amiga, minha parceira, minha confidente. Obrigada por ter estado ao meu lado nos momentos mais difíceis e também nos mais importantes da minha vida. Obrigada por me dar o privilégio de viver 26 anos ao seu lado. Te amo”.
A tragédia no Monte Rinjani
Juliana Marins estava em uma viagem de mochilão pela Ásia e tinha como um dos destinos a imponente trilha do vulcão Rinjani, em Lombok, quando ocorreu o fatal acidente. Enquanto caminhava, Juliana deslizou por uma vala, levando a resultados trágicos. O grupo de turistas, incluindo Juliana, havia contratado uma empresa local para conduzí-los na trilha, que é famosa por suas paisagens exuberantes, mas também imprecisa em algumas áreas, levando a riscos.
Após sua queda, Juliana foi socorrida, mas infelizmente não resistiu aos ferimentos. A notícia de seu falecimento rapidamente se espalhou, gerando comoção nas redes sociais e entre a comunidade brasileira, onde muitos expressaram suas condolências e apoio à família Marins.
Repercussão e solidariedade
Nas semanas seguintes ao acidente, diversos momentos de solidariedade foram testemunhados, incluindo manifestações de apoio de pessoas desconhecidas, que expressaram suas dores ao pé do mistério da vida e da morte. O pai de Juliana também demonstrou gratidão pelas mensagens de conforto recebidas, afirmando que estavam “ecoando suas dores”.
Além disso, algumas discussões em torno das responsabilidades em relação ao acidente foram levantadas, como a possibilidade de responsabilizar a companhia turística pela segurança dos turistas. Especialistas e usuários das redes sociais têm compartilhado suas opiniões, gerando um importante debate sobre turismo de aventura e os protocolos de segurança que devem ser seguidos.
O legado que Juliana deixou, mais do que uma tragédia, é um convite à reflexão sobre a valorização da vida e do amor fraternal. A dor da perda, embora intensa, parece se transformar em tributo através das memórias, das histórias compartilhadas, e do amor que jamais se extinguirá.