Nos Estados Unidos, Donald Trump indicou que irá anunciar na próxima segunda-feira (7) um novo pacote de tarifas comerciais, apesar das negociações ainda estarem em andamento com diversos países. A decisão ocorre em meio a uma atmosfera de forte tensão nas relações comerciais e várias tentativas de fechamento de acordos no período de feriado do 4 de julho.
Trump anuncia envio de cartas com posições econômicas
Durante o feriado, Trump afirmou que “assinou algumas cartas que serão enviadas na segunda-feira, provavelmente dia 12”, envolvendo diferentes valores de dinheiro, tarifas e declarações. Ele não revelou explicitamente quais países estão na mira dessas mensagens, apenas dizendo que “tem que anunciar isso na segunda-feira”.
As declarações do presidente reforçam que as negociações com parceiros como Japão, Coreia do Sul, União Europeia, Índia e Vietnã continuam difíceis, e que as ações unilaterais permanecem uma estratégia utilizada por Trump para pressionar seus interlocutores.
Contexto das negociações e potencial impacto das tarifas
As cartas parecem fazer parte de uma tática de Trump, que frequentemente usa ameaças unilaterais quando as conversas atingem pontos críticos. Os acordos assinados até agora — como com o Vietnã na semana passada — ainda aguardam detalhamento final, enquanto outros países mantêm postura mais dura.
Na semana passada, o governo americano anunciou que o prazo para a imposição de tarifas de 10% em mais de 50 países termina em 9 de julho. Ainda assim, negociações seguem, e há dúvidas se as medidas serão implementadas nesta data. Segundo autoridades, Trump pode usar essas cartas como uma estratégia de negociação para obter concessões de última hora.
Reações e reações internacionais
A China advertiu que pode retaliar se os acordos dos EUA com Vietnã e outros países afetarem seus interesses comerciais. Enquanto isso, o Japão permanece preparado para todas as eventualidades, com o primeiro-ministro Shigeru Ishiba afirmando que seu país está pronto para defender seus interesses.
Na Europa, membros da União Europeia discutem possíveis barreiras tarifárias para conter o avanço industrial da China. A expectativa de um acordo técnico entre o bloco e os EUA foi reforçada após conversas recentes em Washington, segundo fontes da Bloomberg News.
Impacto na economia global
Analistas alertam que a intensificação da guerra tarifária pode reacender temores de recessão nos EUA e prejudicar mercados globais. O mercado de ações dos EUA atingiu níveis recordes na semana passada, após acordos com o Reino Unido e Vietnã, além de tréguas com a China, mas há cautela frente às novas ameaças de tarifas.
Especialistas também alertam que o aumento das tarifas ainda pode afetar várias indústrias, sobretudo a de carros elétricos, com o corte de subsídios previsto pelo governo americano. A avaliação é de que a continuidade das tensões comerciais terá efeitos duradouros na cadeia produtiva global.
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