O mercado de suínos no Brasil encontra-se em franca recuperação, após enfrentar dificuldades significativas em 2024. Segundo dados da Associação Brasileira de Produção Animal, atualmente 80% da carne suína produzida permanece no mercado interno, enquanto o restante é exportado, refletindo uma melhora na valorização do produto.
Recuperação e valorização da carne suína
Desde o final de 2019 até 2023, o setor enfrentou uma fase de queda nos preços do produto, agravada pelo aumento considerável nos custos do milho, principal insumo na alimentação dos animais. Jorge Ponchi Neto, proprietário de uma granja no interior de São Paulo e criador de suínos há 24 anos, destaca que “os produtores passaram por um período muito ruim, mas atualmente vivem um momento estável”.
Ele estima que aproximadamente 1,5 mil animais sejam vendidos mensalmente, resultando em cerca de 100 mil toneladas de carne ao mês. A diminuição na oferta de carne suína também contribui para a valorização do produto no mercado.
Mercado em expansão com redução de custos
Além da valorização da carne, a queda nos preços do milho desde o segundo semestre deste ano tem permitido uma redução nos custos de produção. Segundo a Associação Brasileira de Produção Animal, em 2023, foram abatidos 57 milhões de porcos, o que representa um aumento de 1,3% em relação a 2022, sinalizando um aumento na atividade do setor.
O aumento na produção e a melhora na margem de lucro favorecem a retomada do setor, que passou por um período de maiores dificuldades devido às altas no preço de insumos e à crise sanitária que afetou o mercado.
Perspectivas para o setor
Especialistas indicam que a combinação de aumento na demanda interna, crescimento nas exportações e redução dos custos de produção contribuem para a perspectiva de crescimento sustentável no mercado de suínos. A tendência é que o setor continue se consolidando como uma das principais atividades da agricultura brasileira.
Para conferir detalhes da reportagem, acesse o vídeo exibido no programa em 06/07/2025: Fonte: G1.
