Danúbia de Souza Rangel, conhecida como “Xerifa da Rocinha” e ex-mulher do traficante Nem, foi presa neste sábado (5) logo após dar à luz. A prisão ocorreu na maternidade, localizada na Barra da Tijuca, onde policiais da 72ª DP (São Gonçalo) cumpriram um mandado de prisão por tráfico de drogas que estava pendente contra ela.
A trajetória de Danúbia na criminalidade
Danúbia, que ficou em liberdade desde janeiro do ano passado, havia cumprido pena no Presídio de Benfica por associação ao tráfico de drogas e corrupção ativa, crimes pelos quais foi condenada em 2017. Após um cumprimento de pena por 8 anos, 2 meses e 20 dias, ela conseguiu a liberdade condicional, mas sua vida nas ruas não foi tranquila.
Enquanto estava cumprindo pena em um regime semiaberto, Danúbia foi flagrada com um celular, onde foram encontradas selfies dela. A descoberta resultou em seu retorno ao regime fechado, evidenciando que, mesmo em liberdade, sua história com a criminalidade não havia terminado.
A repercussão de sua prisão
A imagem de Danúbia como a “Xerifa da Rocinha” continua a ser um tema polêmico entre a população e as autoridades. Desde sua libertação, sua figura é muitas vezes associada aos problemas do tráfico de drogas na comunidade da Rocinha, no Rio de Janeiro. As informações sobre sua prisão logo chamaram a atenção de mídia e redes sociais, onde a história de vida dela suscita debates sobre criminalidade, maternidade e variedades de regimes penais.
Após a prisão, Danúbia permanecerá sob a custódia da polícia até receber alta da maternidade e, em seguida, será levada novamente para o regime carcerário. Essa situação levanta questionamentos sobre as condições das mulheres encarceradas, especialmente aquelas que se tornam mães durante a prisão.
Estigmas e desafios enfrentados por mulheres na penitenciária
A história de Danúbia não é única; muitas mulheres que passam pelo sistema carcerário no Brasil enfrentam estigmas e desafios semelhantes. O encarceramento materno é um tema delicado, envolvendo questões de saúde, direitos humanos e cuidados infantis. A situação das mulheres que são mães em contextos de violência e crime criminaliza não apenas as mães, mas também os seus filhos, que muitas vezes são deixados à margem da sociedade.
A narrativa de Danúbia reforça a necessidade de discutir políticas públicas que garantam direitos e proteção a essas mulheres e seus filhos. A experiência de Danúbia pode ser vista como um reflexo das realidades de muitas outras mulheres, que, em circunstâncias difíceis, navegam por um sistema complexo e muitas vezes hostil.
Expectativas para o futuro
Com a prisão de Danúbia, surge um novo capítulo em sua história e, possivelmente, um impacto na segurança nas comunidades do Rio de Janeiro, especialmente na Rocinha. Para muitos, sua reclusão é sinal de um esforço contínuo para desmantelar as estruturas do tráfico de drogas na região. Entretanto, isso levanta questões importantes sobre a eficácia das abordagens policiais diante de um problema social tão complexo.
A sobrevivência delas, familiares e comunidades dependem de mudanças estruturais. O público e a sociedade em geral têm o papel vital de discutir e promover soluções que não apenas penalizem, mas também ajudem a recuperar vidas. Agora, resta aguardar os desdobramentos da situação de Danúbia e como sua história continuará a influenciar a discussão sobre crime e justiça no Brasil.