Brasil, 6 de julho de 2025
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Protestos em Portland resultam em confronto violento no ICE

Caos se instaura em instalação de detenção após protestos contra políticas de imigração de Trump.

Um caos sem precedentes tomou conta da instalação de detenção do ICE em Portland, Oregon, quando centenas de manifestantes tentaram invadir as celas de detenção. O ato de desobediência civil ocorreu no 28º dia consecutivo de ocupação da instalação, em protesto às controversas políticas de imigração do ex-presidente Donald Trump.

Conflito direto com as forças de segurança

Imagens dramáticas postadas por Katie Daviscourt, uma jornalista independente, mostram o momento em que manifestantes foram contidos pela polícia, que utilizou bombas de gás lacrimogêneo e granadas de fumaça para dispersar a multidão. Durante o confronto, manifestantes foram vistos sendo imobilizados, enquanto a polícia disparava balas de borracha em resposta ao crescente tumulto.

Naquele mesmo dia, Trump havia assinado um pacote de 150 bilhões de dólares, que inclui o aumento do financiamento para a construção da muralha na fronteira, a intensificação da ação do ICE e deportações, ao mesmo tempo em que realiza cortes profundos no Medicaid. O entusiasmo entre os manifestantes aumentou ainda mais com essa nova medida, que gerou uma onda de ações de protesto em Portland e na região noroeste do Pacífico.

O impacto das políticas de imigração

Os protestos não se limitaram ao ICE. Manifestantes realizaram uma encenação de “morte” no Pioneer Courthouse Square, a cerca de dois quilômetros da instalação, como forma de protestar contra os cortes no Medicaid. A manifestante Mary Vanzant expressou sua indignação: “Eles não precisam de mais dinheiro, e estão tirando recursos de coisas que realmente precisamos”.

Os protestos se intensificaram na mediação de uma questão que impacta diretamente a comunidade local. Durante essas manifestações, Alondra Sotelo-Garcia, filha de um trabalhador do vinhedo de 54 anos, relatou o momento em que seu pai foi capturado por agentes do ICE fora de sua igreja. Ela se sentiu desesperada ao descobrir que ele havia sido transferido para a instalação de Portland: “Eu vi meu pai algemado, com um grande sorriso, tentando manter a cabeça erguida por mim, mais do que por qualquer outra pessoa no momento”.

A situação de Sotelo é emblemática dos desafios enfrentados por muitos imigrantes na região e chamou a atenção dos defensores dos direitos dos imigrantes. Um cartaz grande com “Libertem Moises” foi colocado do lado de fora da instalação, simbolizando a luta pela liberdade e pelos direitos dos imigrantes.

Reação oficial e apoio comunitário

A representante Andrea Salinas confirmou que dois trabalhadores do vinhedo foram presos por agentes do ICE em Newberg, Oregon, na quinta-feira passada. Salinas se comprometeu a defender os direitos dos imigrantes e a trabalhar em conjunto com líderes latinos na comunidade. “Como parte do meu dever no Congresso, estou me reunindo com o ICE para garantir que mantenham o direito ao devido processo para todos os indivíduos detidos”, afirmou Salinas.

Essas ações refletem a crescente preocupação e a necessidade de diálogo sobre as políticas de imigração e suas consequências diretas para a vida dos indivíduos e comunidades. Protestos violentos como os de Portland ilustram a frustração e a urgência sentidas por muitos em todo o país.

O futuro das manifestações

Os protestos em Portland podem ser um sinal de uma resistência ainda mais forte em resposta a políticas que muitas comunidades consideram opressivas. Conforme os manifestantes continuarem a lutar por justiça e igualdade, o impacto dessas ações se fará sentir não apenas em nível local, mas também em conversas mais amplas sobre direitos humanos e imigração nos Estados Unidos.

Como enfatizado por protestos passados, a luta pela dignidade e pelos direitos dos imigrantes está longe de terminar. O que começou como um ato isolado de protesto agora se transforma em um movimento maior e mais organizado, refletindo as vozes de muitos que se sentem invisíveis e oprimidos por um sistema que frequentemente ignora suas necessidades.

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