Brasil, 6 de julho de 2025
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RFK Jr. admite que uma de suas iniciativas de saúde pode causar prejuízos

Secretário de Saúde dos EUA, RFK Jr., revela preocupação com possíveis efeitos negativos de suas propostas de redução do flúor na água

O secretário de Saúde e Direitos Humanos dos Estados Unidos, Robert F. Kennedy Jr., admitiu que uma de suas propostas de saúde, que busca eliminar o flúor da água potável, pode ter consequências sérias. Kennedy, conhecido por suas opiniões controversas, declarou que o equilíbrio entre benefícios e riscos dessa medida é delicado, evidenciando preocupações com o aumento de cáries em crianças de famílias de baixa renda.

Revelação sobre riscos do flúor na água

Durante uma entrevista recente ao programa The Faulkner Focus, na Fox News, Kennedy declarou: “Você sabe, é uma questão de equilíbrio. Provavelmente veremos um aumento ligeiro em cáries.” A afirmação chocou especialistas e a comunidade médica, especialmente após a Associação Americana de Odontologia (ADA) reforçar, em sua comunicação de abril de 2025, que a fluoretação da água é segura e eficaz para prevenir cáries há mais de 80 anos.

Segundo a ADA, a odstranização do flúor sem critérios adequados poderia prejudicar a saúde bucal da população. De fato, cidades como Calgary, no Canadá, estão reintroduzindo o flúor na água após uma década, após aumento de casos de infecções dentárias em crianças sem o componente: “O hospital infantil de Calgary registrou aumento significativo na necessidade de antibióticos para tratar infecções causadas por cáries”, relatou o The New York Times.

Controvérsia e reações públicas

Reações nas redes sociais expressaram preocupação com as palavras de Kennedy. Usuários no Reddit questionaram: “Como mais cáries em crianças podem nos tornar mais saudáveis?” e criticaram a proposta, alegando que ela agravaria a desigualdade social e o acesso à saúde bucal. Um comentário comum foi: “Aumentar a pobreza para reduzir um risco menor? Não faz sentido.”

Especialistas reforçam que a fluoratação é uma medida comprovada para reduzir a incidência de cáries. A ADA destacou que a fluoridação em níveis adequados é segura e benéfica, reforçando sua posição de que o esforço deve focar em melhorar o acesso à higiene bucal e à alimentação saudável.

Estudos internacionais e níveis de segurança

A controvérsia também envolve dados de estudos internacionais. A NPR reportou que alguns países europeus possuem água com níveis naturais de flúor, enquanto outros optam por fluoridação em sal ou leite. A pesquisa do National Toxicology Program dos EUA indica que níveis de flúor superiores a 1,5 mg/l podem estar associados a redução do QI infantil, embora a recomendação atual seja de 0,7 mg/l, considerada segura.

Para especialistas, a questão é equilibrar os benefícios preventivos contra o potencial risco de efeitos colaterais, especialmente em crianças. “A decisão deve ser baseada em evidências sólidas e considerar a saúde pública maior”, afirma a pesquisadora Clara Mendes, do Instituto de Saúde Pública.

Próximos passos e considerações finais

Kennedy ainda não explicou detalhadamente como pretende equilibrar os possíveis riscos, mas a admissão de que sua iniciativa pode ter efeitos adversos levanta debates sobre o valor de políticas de saúde baseada em evidências. A discussão sobre fluoridação continua polarizada, com especialistas alertando para a necessidade de preservação de medidas que demonstraram benefícios comprovados ao longo de décadas.

Assim, a controvérsia envolvendo a postura de RFK Jr. evidencia a complexidade de implementar mudanças em políticas de saúde públicas, especialmente quando há dúvidas sobre os efeitos de longo prazo. Promover a transparência e esclarecer os riscos é essencial para decisões informadas e para a confiança na saúde pública americana.

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