Brasil, 6 de julho de 2025
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Europa reforça barreiras tarifárias contra importações chinesas

França e outros países europeus alertam para a necessidade de ações econômicas fortes diante do aumento das exportações da China

O ministro das Finanças da França, Eric Lombard, afirmou que a Europa precisa fortalecer suas barreiras tarifárias para conter as importações ajudadas pela China, que ameaçam a indústria do continente. Lombard destacou que, embora medidas tenham sido tomadas contra setores como aço e automóveis, é necessário ampliar o uso de instrumentos para contrabalançar a competição chinesa.

Europa busca ampliar defesa contra as importações da China

Durante uma conferência em Aix-en-Provence, na França, Lombard reforçou a necessidade de a União Europeia adotar novas regras para proteger sua indústria. “No mundo de hoje, precisamos proteger nossa economia industrial”, disse. Ele afirmou que a política chinesa, que mantém uma capacidade de produção acima de 50% da participação global, pode destruir setores industriais europeus.

Preocupações com a influência chinesa

Segundo Lombard, a crescente capacidade de produção da China na Europa é uma preocupação, uma vez que os fluxos de importação, que antes foram direcionados aos Estados Unidos, estão cada vez mais vindo para o continente europeu. “A China construiu capacidades excessivas em várias indústrias, o que torna essa situação sensível e arriscada para nossas indústrias”, comentou o ministro francês.

Conflitos comerciais entre China, Europa e EUA

Na sexta-feira, a China anunciou tarifas antidumping sobre o conhaque europeu, incluindo isenções para grandes produtores que aceitarem níveis mínimos de preço. Além disso, a União Europeia aplicou tarifas de até 45% sobre veículos elétricos fabricados na China no ano passado. Estado de tensão também se reflete na redução da cúpula de líderes UE-China, que passará de dois para um dia, indicativo de dificuldades diplomáticas, conforme informa a Bloomberg.

Iniciativas de cooperação e preocupações econômicas

O ministro da Indústria da França, Marc Ferracci, também destacou a necessidade de a Europa intensificar sua defesa contra as importações chinesas. “Outro fenômeno preocupante é a redireção dos fluxos chineses que antes iam para os EUA, agora vindo para a Europa”, afirmou. Ele alertou que a capacidade produtiva excessiva chinesa coloca as indústrias europeias em risco.

O fortalecimento da cooperação entre Paris e Berlim é uma das estratégias, segundo Lombard, que pretende conversar com seus colegas alemães nas próximas semanas. O objetivo é criar uma frente unificada contra os efeitos da maior presença chinesa no mercado europeu.

Perspectivas futuras

A balança comercial da Europa tem apresentado sinais positivos, com superávit de US$ 5,9 bilhões em junho, impulsionado por aumentos nas exportações da indústria de transformação. Ainda assim, os especialistas continuam atentos às práticas chinesas e às estratégias de proteção adotadas pelos países do continente.

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