Brasil, 6 de julho de 2025
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Brasil e China assinam acordo para impulsionar a indústria naval

Representantes de ambos os países firmaram memorando de entendimento para parcerias tecnológicas e comerciais no setor naval brasileiro-chinês

Representantes brasileiros e chineses assinaram ontem no Rio de Janeiro um memorando de entendimento que visa fortalecer parcerias na indústria naval, em um esforço conjunto para revitalizar o setor no Brasil. O evento, parte do Fórum Estratégico Brasileiro para a Indústria Naval Brasil-China, foi promovido pela Transpetro, subsidiária da Petrobras, e contou com a presença de autoridades e empresários dos dois países.

Parceria estratégica para a indústria naval Brasil-China

Segundo o jornal Valor, participaram do encontro representantes de estaleiros chineses, como COOEC, CSSC, Cosco e CIMC, bem como empresas brasileiras, entre elas EBR, Rio Grande, Mauá, Atlântico Sul, Enseada e Mac Laren. A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, descreveu o evento como uma oportunidade para fortalecer relacionamentos comerciais, comparando-o a um “Tinder” de negócios.

Magda Chambriard destacou o esforço de recuperar encomendas na indústria naval brasileira, que desde 2016 não tinha novas contratações significativas por parte da Petrobras. “Estamos resgatando encomendas à indústria naval brasileira e esperamos ajuda de parceiros chineses”, afirmou ela. A Petrobras planeja encomendar até o fim de 2024 um total de 52 navios, além de “top sides” para plataformas, além de planejar a construção de cinco plataformas até 2030, conforme o plano estratégico 2025-2029.

Expectativas de crescimento e necessidade de políticas públicas

A atual produção de petróleo no Brasil deve continuar crescendo, o que demanda mais plataformas e navios de apoio, reforçou Magda Chambriard. A iniciativa de revitalização da indústria naval é vista como fundamental para a expansão do setor energético do país.

O presidente da Transpetro, Sergio Bacci, afirmou que o encontro abre o canal de negociações entre Brasil e China, destacando a relevância do momento para a retomada do setor naval nacional. Além disso, o secretário de óleo e gás do Ministério de Minas e Energia, Pietro Mendes, ressaltou que a busca pela retomada da indústria naval brasileira é um esforço do governo e requer a implementação de medidas de políticas públicas para tornar a construção naval no Brasil mais competitiva. “Precisamos de medidas de políticas públicas para tornar a construção de navios competitiva no Brasil”, afirmou o secretário.

Perspectivas para o futuro da indústria naval brasileira

Especialistas avaliam que a parceria Brasil-China pode ser um catalisador para a recuperação do setor, que enfrenta desafios devido à competitividade internacional e à falta de encomendas públicas. A assinatura do memorando sinaliza um esforço coordenado para criar condições favoráveis ao desenvolvimento naval e potencializar a cooperação tecnológica entre os dois países.

O fortalecimento da indústria naval brasileira é visto como um passo importante para incrementar a eficiência operacional do setor energético e ampliar a capacidade de suporte às operações de petróleo e gás no país. A expectativa é que, com o apoio da China, o Brasil consiga restabelecer uma cadeia produtiva robusta e gerar oportunidades de crescimento sustentável.

Para saber mais detalhes sobre o fórum e as ações planejadas, acesse a reportagem no O Globo.

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