A balança comercial do Brasil fechou junho com um superávit de US$ 5,89 bilhões, resultado da diferença entre US$ 29,15 bilhões em exportações e US$ 23,26 bilhões em importações, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. No total, a corrente de comércio atingiu US$ 52,4 bilhões, crescendo 2,5% em comparação ao mesmo período do ano passado.
Desempenho da balança em comparação com 2024
Na comparação com junho de 2024, as exportações tiveram aumento de 1,4%, enquanto as importações cresceram 3,8%. Apesar do bom resultado, junho de 2025 foi o pior para o período desde 2019, quando foi registrado um superávit de US$ 4,36 bilhões. No acumulado do primeiro semestre, o superávit é de US$ 30,09 bilhões.
As exportações no ano somaram US$ 165,87 bilhões, uma leve queda de 0,7% em relação ao mesmo período de 2024, quando atingiram US$ 166,96 bilhões. Já as importações subiram 8,3%, alcançando US$ 135,78 bilhões.
Principais destaques do mês na exportação brasileira
O crescimento das exportações em junho foi puxado principalmente pela indústria de transformação, que registrou alta de US$ 1,55 bilhão em relação ao mesmo mês de 2024, ou seja, um aumento de 10,9%. Por outro lado, a agropecuária e a indústria extrativa apresentaram quedas de -10,0% e -6,2%, respectivamente. Entre os produtos com maior crescimento nas vendas externas, destacam-se:
- Carne bovina (+52,8%, aumento de US$ 0,45 bilhão)
- Veículos de passageiros (+110,8%, US$ 0,31 bilhão)
- Ouro não monetário (+82,4%, US$ 0,24 bilhão)
- Produtos de ferro e aço (+55,0%, US$ 0,19 bilhão)
- Caminhões e veículos de carga (+90,9%, US$ 0,14 bilhão)
Impactos negativos na exportação
O desempenho das exportações foi impactado negativamente pela queda nos setores de agropecuária e de mineração. A principal influência negativa veio da soja, com queda de 8,9%, e do minério de ferro, que caiu 17,4%, afetando especialmente as vendas externas desses produtos.
Perspectivas e desafios para o comércio externo brasileiro
Apesar do bom desempenho na indústria de transformação, os setores agropecuário e extrativo enfrentam desafios significativos, refletindo a volatilidade de preços internacionais e fatores climáticos. Especialistas avaliando o resultado apontam que o padrão de crescimento dos últimos meses sugere uma recuperação gradual, mas também reforçam a necessidade de diversificação e valor agregado nas exportações brasileiras.
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