Brasil, 5 de julho de 2025
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Balança comercial registra superávit de US$ 5,88 bilhões em junho

Exportações brasileiras aumentaram, mas importações cresceram mais, resultando em superávit menor e o pior resultado para meses de junho desde 2019

A balança comercial do Brasil teve um superávit de US$ 5,88 bilhões em junho, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. Embora as exportações tenham registrado avanço, as importações cresceram de forma mais expressiva, reduzindo o saldo positivo do mês.

Desempenho do comércio brasileiro em junho

De acordo com o governo, as exportações totalizaram US$ 29,14 bilhões, aumento de 1,4% na média por dia útil, enquanto as importações somaram US$ 23,57 bilhões, com alta de 3,8% na mesma base de comparação. Assim, o resultado de superávit de junho caiu 6,9% em relação ao mesmo mês de 2024, quando foi registrado US$ 6,32 bilhões.

Indicadores do primeiro semestre

Nos primeiros seis meses do ano, o saldo comercial ficou positivo em US$ 30,09 bilhões, representando uma queda de 27,6% na comparação com o mesmo período do ano passado, que registrou US$ 41,55 bilhões. As exportações acumuladas somaram US$ 165,83 bilhões, aumento de 1%, enquanto as importações totalizaram US$ 135,77 bilhões, crescimento de 10%.

Destaques das exportações em junho

As principais categorias exportadas em junho foram soja (US$ 5,36 bilhões, queda de 12,5%), óleos brutos de petróleo (US$ 3,55 bilhões, recuo de 2,1%) e minério de ferro (US$ 2,31 bilhões, queda de 8,6%).

Por outro lado, carne bovina mostrou crescimento expressivo de 52,8%, atingindo US$ 1,31 bilhão, enquanto o café não torrado atingiu US$ 934 milhões, alta de 16,5%.

Principais destinos das exportações

China e Macau lideraram as compras brasileiras, totalizando US$ 9,94 bilhões, com alta de 2,3%. A União Europeia ficou com US$ 3,46 bilhões, porém, com recuo de 14%. Os Estados Unidos adquiriram US$ 3,36 bilhões, crescimento de 2,4%, enquanto o Mercosul atingiu US$ 2,25 bilhões, um aumento expressivo de 52,7%, impulsionado pela Argentina, que cresceu 70,8%. A Associação de Nações do Sudeste Asiático totalizou US$ 1,91 bilhão, com queda de 8%.

Impacto das tarifas nos EUA

O resultado do comércio com os Estados Unidos esteve marcado pelo impacto das tarifas aplicadas pelo governo norte-americano. Em junho, o déficit comercial com os EUA foi de US$ 595 milhões, sendo que as exportações brasileiras aos EUA somaram US$ 3,36 bilhões, aumento de 2,4%, enquanto as compras dos americanos chegaram a US$ 3,95 bilhões, crescimento de 18,5%.

Desde março, os EUA impuseram tarifas de 25% sobre aço e alumínio importados, além de tarifas adicionais em abril. No início de junho, as tarifas para produtos brasileiros ficaram em 10%, abaixo de outras regiões, como a China, que chegou a 145%. Em maio, os EUA elevaram as tarifas sobre aço, alumínio e derivados para 50%, o que impacta o comércio bilateral.

Segundo especialistas, as tarifas têm causado oscilações no fluxo comercial, influenciando o superávit e as importações brasileiras dos produtos norte-americanos.

Fonte: G1 Economia

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