Brasil, 4 de julho de 2025
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Mais de 20 milhões de brasileiros usam planos de saúde cooperativos

Números da ANS mostram que cooperativas representam uma fatia significativa dos planos de saúde no Brasil, com impacto no setor odontológico

Dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) revelam que, de um total de 52,3 milhões de pessoas com planos de saúde no Brasil, mais de 20 milhões estão em cooperativas. O Sistema Unimed lidera essa participação, mas o cooperativismo na saúde também se estende a outros segmentos, especialmente odontologia e medicina especializada.

O crescimento das cooperativas na saúde brasileira

Segundo Hugo Andrade, coordenador de Ramos da Organização das Cooperativas do Brasil (OCB), o país destaca-se internacionalmente com a atuação da Central Nacional de Cooperativas Odontológicas (Uniodonto). Fundada em 1972 por duas cooperativas, a entidade atualmente reúne 117 cooperativas distribuídas por todos os estados, com 20 mil dentistas e 3,3 milhões de pacientes atendidos.

O papel das cooperativas odontológicas

Uniodonto detém cerca de 17% do mercado de planos odontológicos no Brasil, sendo considerada a maior cooperativa do mundo na área. “Ela nasceu com a criação de duas cooperativas em Santos (SP) e no Vale do Taquari (RS), e hoje é uma referência global”, explica Andrade.

Cooperativismo na saúde — foto: arte O Globo

Hoje, o sistema conta com 117 cooperativas em todos os estados brasileiros, envolvendo 20 mil profissionais e atendendo mais de 3 milhões de pacientes, reforçando o papel das cooperativas na ampliação do acesso ao atendimento odontológico.

Vantagens do cooperativismo na saúde

De acordo com José Alves de Souza Neto, presidente da Uniodonto, as operadoras de planos odontológicos apresentam uma taxa de sinistralidade de aproximadamente 45%, ou seja, R$ 45, de cada R$ 100 pagos pelos usuários são destinados a custear os atendimentos e honorários profissionais. Nas cooperativas, esse percentual sobe para 60%, garantindo melhores remunerações para os profissionais e maior sustentabilidade ao sistema.

“Ao focar menos no lucro e mais na qualidade do atendimento, as cooperativas procuram manter um tripé de equilíbrio entre sustentabilidade, remuneração do profissional e satisfação do usuário”, afirma Souza Neto.

Outros segmentos de cooperativas na saúde

Além da odontologia, as cooperativas médicas de especialidades como fisioterapia, psicologia e nutrição também têm forte atuação. A Federação Nacional das Cooperativas Médicas (Fencom) reúne 38 entidades, com um contingente de 20 mil médicos em todo o país. Em regiões como Fortaleza (CE) e Belo Horizonte (MG), muitas equipes hospitalares são compostas por cooperados, especialmente em áreas de anestesiologia e outras especialidades.

Sérgio Murta, diretor-presidente da Fencom, lembra que as primeiras cooperativas médicas surgiram na década de 1990. “Na época, muitos médicos enfrentavam atrasos nos pagamentos, e a cooperativa trouxe uma solução que unificou a categoria e garantiu maior autonomia”, explica.

Perspectivas para o setor cooperativo na saúde

O crescimento do cooperativismo na saúde reflete a busca por modelos mais justos e sustentáveis, que privilegiam a qualidade do atendimento e a remuneração adequada aos profissionais. Especialistas acreditam que essa tendência deve se consolidar, impulsionada por uma maior demanda por serviços de saúde acessíveis e eficientes.

Mais informações sobre o impacto das cooperativas no sistema de saúde brasileiro podem ser acessadas na matéria completa do O Globo.

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