Brasil, 4 de julho de 2025
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Prazo para desocupação do apartamento de Carla Zambelli termina hoje

Após um mês foragida, Carla Zambelli deve desocupar apartamento funcional em Brasília até hoje, sob pena de multa.

Foragida da Justiça e vivendo no exterior há um mês, a deputada federal licenciada Carla Zambelli (PL-SP) enfrenta a obrigatoriedade de desocupar seu apartamento funcional em Brasília até esta sexta-feira, 4 de julho. O regramento da Câmara dos Deputados determina que, após a licença por motivos pessoais, a parlamentar deve desocupar o imóvel em até 30 dias, prazo que expirou na data sinalizada.

Consequências pelo não cumprimento da desocupação

O apartamento funcional de Zambelli, situado em um bairro nobre da Asa Sul, deve ser devolvido para evitar multas que podem chegar a R$ 4.253, valor equivalente ao auxílio-moradia. Além disso, a parlamentar pode ser penalizada com uma indenização de R$ 283,53 por cada dia em que ultrapassar o prazo de entrega das chaves. As punições administrativas e judiciais podem ser aplicadas independentemente da devolução do imóvel.

Procurada, a defesa de Zambelli afirmou que ainda não foi oficialmente notificada sobre a necessidade de desocupação do apartamento. O suplente da deputada, Coronel Tadeu (PL), já manifestou que não fará uso do imóvel nem do auxílio-moradia, preferindo se hospedar em hotéis nas suas visitas a Brasília.

Situação do apartamento e sua ocupação atual

O apartamento funcional em questão, construído em uma edificação de seis andares, tem aproximadamente 250 metros quadrados e é ocupado, atualmente, por pessoas próximas a Zambelli, incluindo seu filho e sua mãe. Segundo informações, a deputada deixou o Brasil no final de maio, pela fronteira com a Argentina, e de lá, seguiu para os Estados Unidos, de onde anunciou sua saída do país no dia 3 de junho.

Contexto da condenação de Zambelli

A deputada está na lista da Interpol e da Polícia Federal, que tentam localizá-la na Itália, onde acredita estar segura. Recentemente, Zambelli foi condenada pelo Supremo Tribunal Federal a dez anos de prisão, além de ter perdido seu mandato por seu envolvimento na invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça, ao lado do hacker Walter Delgatti. Essa condenação a torna inelegível por um período de oito anos.

O regramento da Câmara para a desocupação de imóveis foi relembrado pela assessoria da Casa, ressaltando que não há exceções e a norma deve ser seguida rigorosamente. “O prazo para a desocupação do imóvel funcional é de 30 dias a partir da data da licença para tratar de interesse particular,” afirmou a Câmara, destacando a importância da formalidade nos processos administrativos.

Até o início deste mês, não havia parlamentar na lista de ocupantes de imóveis funcionais que não cumpriu o prazo de desocupação, podendo Zambelli se tornar a primeira nessa situação. Com a crescente pressão sobre suas ações e sobre as questões legais que a envolvem, a desocupação do apartamento assume um caráter simbólico, refletindo a atual luta da deputada contra as consequências de suas ações e decisões.

Assim, o futuro de Carla Zambelli se entrelaça com a urgência de suas obrigações legais e o desfecho da sua saga judicial, que continua a despertar a atenção do público e da imprensa.

Acompanhamento do caso e repercussões

O desenrolar dessa história poderá ter implicações mais amplas sobre como casos similares são tratados no Congresso. A Câmara dispõe de 432 apartamentos em Brasília, e a compleição do sistema representa o desafio de equilibrar as necessidades de um número crescente de parlamentares. A situação de Zambelli destaca não apenas as consequências de suas ações pessoais, mas também os marcos institucionais que guiam a vida funcional dos deputados.

Por fim, resta aguardar o que ocorrerá após o prazo da desocupação e como Zambelli se posicionará nesse cenário em meio à sua luta legal.

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